Na derrota desta segunda-feira no Rio de Janeiro diante do Botafogo, chamou atenção a escolha de Betão para atuar na lateral direita, posição completamente incompatível com as características do jogador. Foi questionada a não utilização de Wesley no setor, onde já havia atuado. O jovem que tem sido regularmente utilizado por Evando, apesar das críticas ao desempenho, era inclusive um dos cotados para iniciar a partida pelo lado direito, em face a suspensão de Léo e da incerteza na utilização de Lourenço, com poucos dias de treinamento após retorno de lesão.
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Wesley, no entanto, entrou somente na segunda etapa, isso depois de Evando improvisar Pedro Castro pelo lado direito, com o óbvio insucesso de Betão na função, uma das maiores anomalias em escalações dos últimos anos.
Questionado após o jogo, o treinador confirmou que Wesley esteve com o grupo Sub-23 no domingo, quando o Leão foi massacrado em Itajaí pelo Marcílio Dias por 4×1, pela Copa Santa Catarina. O clube teria “priorizado” a Copa SC abrindo mão de alguns jogadores do grupo profissional.
O fato chamou a atenção, e posteriormente pode-se conferir que Gabriel Lima – que também entrou na segunda etapa no Rio de Janeiro – Igor Goulart e Luan Pereira igualmente estiveram em Itajaí no domingo, inclusive atuando, e no dia seguinte, na oitava derrota seguida do Avaí no Brasileirão. É inadmissível em uma equipe profissional que atletas atuem dois dias seguidos em jogos oficiais, sendo um em Itajaí e outro no Rio de Janeiro.
Para completar o retrato do absurdo que vive o futebol do Avaí, a reflexão que fica é que para tentar igualar a partida contra o Botafogo pela Série A, usamos jogadores que no dia anterior tinham sido massacrados por 4×1 pelo Marcílio Dias pela inexpressiva Copa Santa Catarina. Não há mais palavras para qualificar o Avaí de 2019.
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