Como de costume, nas últimas colunas do ano faremos uma retrospectiva e um saldo geral da temporada que se encerra. O ano do Avaí foi claramente dividido em duas etapas: o título catarinense e o retumbante fracasso na Série A do brasileiro, iniciando, nesse primeiro momento, pela fase mais positiva da temporada.
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No início do ano, o otimismo dava o tom na Ressacada. O acesso à Série A do Brasileiro em 2018, aliado com o discurso dos dirigentes de que o Avaí entrava em uma nova era e que lições do passado teriam sido aprendidas colocaram esperança de que, desta vez, o Avaí conseguiria seus principais objetivos.
No entanto, desde aquela época, os indícios de equívocos no departamento de futebol já eram mais do que evidentes. Muitas vezes, aqui na coluna Paixão Azurra, criticamos o planejamento – ou a falta dele – que era executado desde dezembro.
A prioridade absoluta era a permanência na Série A, porém, as atitudes para obter o objetivo já pareciam bastante estranhas. O Avaí literalmente abriu mão dos primeiros meses da temporada no aspecto de mercado e investimento. Os dirigentes planejavam investir momentos antes do principal torneio, mas quem acompanha minimamente futebol, sabe que trata-se de um mercado supervalorizado, e os momentos mais propícios para contratações são justamente os meses de dezembro e janeiro.
Como o clima era de otimismo, fomos inclusive criticados como “corneteiros” na ocasião, e a resposta dentro de campo, inicialmente, parecia de fato calar os críticos. O Avaí foi soberano na primeira fase do campeonato catarinense, terminando sete pontos na frente do segundo colocado, com mais de 70% de aproveitamento. Com a vantagem de jogar as partidas decisivas em casa, apesar de um futebol já bastante questionável, passamos por Criciúma e Chapecoense nas penalidades e levantamos a décima sétima taça. Êxtase total.
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Paralelamente, o departamento de futebol começava a ver o óbvio: os planejados reforços para a Série A não aconteceram, e, como facilmente previsto, o mercado estava muito inflacionado. Com o início dos certames nacionais, outra realidade veio à tona: o nível horroroso do campeonato catarinense de 2019. De repente, de uma hora pra outra, o sonho começou a virar pesadelo…