Ano após ano, temporada após temporada, e a mesma história se repete. Apesar de todo o discurso após o acesso de 2018 de que dessa vez seria diferente, mais uma vez iniciamos a campanha muito mal, com uma equipe pior do que a do ano anterior, que disputou a Série B, mesmo com o orçamento incomparavelmente maior.

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“Dia da Marmota”

Essa saga do Avaí remete ao filme Groundhog Day (ou Feitiço do Tempo, em português), de 1993, estrelado por Bill Murray. Na película, o personagem, que estava cobrindo o tradicional evento do Dia da Marmota em uma pequena cidade estadunidense, fica preso em uma armadilha temporal que o faz reviver várias e várias vezes o mesmo dia, com os mesmos acontecimentos, sem conseguir sair das repetições. Vivemos exatamente no efeito do filme, sem conseguir sair das mesmas atitudes que provocam os mesmos resultados. É um looping infinito que obriga o Leão a, antes de iniciar a Série A, contratar Paulinho, Luanderson, Matheus Matias, Diego Tavares, Willians Santana, e por aí vai. O Avaí parece eternamente preso no Dia da Marmota.

Tal qual na história hollywoodiana, talvez os dirigentes precisem encarar a realidade como ela é e tentar mudar as ações, fazer autocrítica, ao invés de usar os mesmos argumentos de sempre — do estilo “vamos esperar jogar antes de criticar” — e as mesmas desculpas de sempre, o famoso “não tem dinheiro, não vamos fazer loucuras”, para tentar se livrar do feitiço.