Depois de garantir um início sem precedentes no Campeonato Brasileiro, o Avaí caminhava a passos largos para ter, também, a maior sequência da história da Série A sem uma vitória sequer. Para isso, precisaria de 18 partidas sem obter os três pontos, mas, na 17ª rodada, a camisa avaiana resolveu agir e viver mais um daqueles dias inexplicáveis. O triunfo diante do Fluminense, no Maracanã, veio para resgatar um pouquinho da dignidade avaiana, mas foi visualizada equivocadamente por muitos.
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Houve quem sustentasse, até mesmo, uma melhora na equipe mal treinada por Alberto Valentim, suscitando – pasmem – uma consistência defensiva, em que pese o adversário tenha desperdiçado, naquela ocasião, inúmeras chances claras e Vladimir tenha sido “o cara” do jogo. Essa leitura equivocada já havia sido alertada nesta coluna na última semana, quando dissemos que o ataque do Flamengo não perderia tais oportunidades. Bastaram dez minutos para essa confirmação. O time de Valentim é completamente frágil e sem qualquer consistência tática, princípio inicial de qualquer bom trabalho.
E, para aqueles que ficaram satisfeitos com o placar final, atentem-se ao fato de que, mesmo desfalcado, o Flamengo jogou em ritmo de treino no segundo tempo, e era clara a sensação de que se efetivamente tentasse mais, o placar seria trágico para o Leão. A partida em Brasília apenas trouxe de volta à realidade aqueles que interpretaram a vitória contra o Fluminense de forma diferente de um mero acaso proporcionado pela camisa avaiana.
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