A última terça-feira (11) foi uma das noites mais vergonhosas da história do futebol catarinense. O palco? Pleno do TJD-SC, em julgamento dos episódios ocorridos no último clássico no continente. Conforme escrevemos aqui na coluna Paixão Azurra após o confronto, culpar Bruno Silva pela confusão ocorrida é completa inversão moral, distorção dos fatos, distante da realidade. No entanto, um tribunal formado por auditores, em tese, técnicos, não somente incorporou a versão mentirosa como aplicou uma injustiça das piores de toda a história dos julgamentos esportivos.

Continua depois da publicidade

Jurisprudência recente, o Avaí foi punido com a perda de dois mandos de campo pelo TJD – revertida para um posteriormente no STJD – pela pacífica invasão de campo na final do Campeonato Catarinense do ano passado, com o simples intuito de festejar, sem qualquer ocorrência. Agora, depois de torcedores invadirem o campo, aproveitando falha na segurança do mandante com portão aberto, com o intuito único e exclusivo de atentar contra a integridade física de atletas adversários, provocando uma verdadeira batalha campal com diversos vidros quebrados, briga nas arquibancadas e jogo paralisado, um mísero jogo de perda de mando e multa irrisória, insignificante.

Enquanto isso, o atleta perseguido pelo torcedor invasor, sem reincidência, que errou ao desferir o chute, pega oito jogos de suspensão, o dobro da pena mínima no artigo em que seus atos foram tipificados, sem qualquer fundamentação. É simplesmente inacreditável a “cara de pau” dos auditores, que não tiveram nem vergonha em proferir a esdruxula e desproporcional decisão de ontem, demonstrando que o tribunal é qualquer coisa, menos técnico.

O Avaí deverá recorrer da decisão, mas o prejuízo já existe. O maior deles, no entanto, é o prejuízo do futebol catarinense, que perde qualquer crédito em possuir um órgão tão desqualificado – no mínimo – quanto o TJD-SC. Vergonhoso.

Continua depois da publicidade