Enquanto o Avaí vive uma grave crise dentro de campo, as coisas pelo lado do Estreito explodiram de vez com o histórico vexame em Cuiabá. O WO de terça-feira (20), sem dúvidas, deixou uma marca no futebol brasileiro protagonizada pelo maior rival. Claro que, diante da situação, a gozação e tiração de sarro é fato absolutamente comum, e, como torcedor avaiano, não há como fugir desse sentimento natural.

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Porém, como já abordamos aqui outras vezes, as lições que a Elephant passa para o futebol brasileiro é extremamente significativa e, sobretudo, um alerta aos torcedores. Não esperem mais milagres, não esperem mais um mecenas de boa fé, com três ou quatro slides que prometem Libertadores, arena, CT, etc. Não que o modelo de empresa seja, necessariamente, fadado ao fracasso.

No Botafogo, por exemplo, há um processo de transformação longo, com muito estudo, onde se conhece exatamente os interessados, responsáveis, e exige-se um investimento anterior a criação de uma S.A. O que ocorreu no rival foi exatamente o contrário. Duas reuniões, desvalorização contínua do clube evidenciada pela má fase que vivia em 2017, entrega do mesmo por 20 anos para desconhecidos. É uma anomalia, uma irresponsabilidade.

E se fosse aqui?

O amigo Rafael Xavier dos Passos fez um texto espetacular, disponível na página Troféu Avaí no Facebook (leia abaixo), onde aborda bem a situação ocorrida no Estreito com um alerta de que, pelo que se observa, se as mesmas promessas aparecessem pela Ressacada, muitos seriam favoráveis e se iludiriam tal qual amigos torcedores do rival se iludiram. A busca por atalhos do sucesso, geralmente, são fracassos retumbantes. É preciso gestão, profissionalismo, zelo com o dinheiro do clube, critério nos gastos e investimentos. O caminho do sucesso é distante e muito trabalhoso. Isso que é preciso ser cobrado dos clubes.

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