Desde o início da pandemia, o começo da vacinação contra o coronavírus é esperado em todo o mundo. Os países correm atrás para que as vacinas sejam aprovadas emergencialmente pelos órgãos regulatórios e para que toda a população seja imunizada.
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Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca, Moderna e Sputnik V são alguns nomes que escutamos diariamente nos noticiários. Os países optaram por diferentes vacinas e, enquanto alguns já estão na fase de aplicação, os mais pobres dependem do consórcio Covax Facility da Organização Mundial da Saúde (OMS) para começar a vacinar a população.
57 países já haviam começado a vacinação até esta terça-feira (19). No dia 5 de dezembro de 2020, a Rússia iniciou a aplicação da vacina Sputnik V. O Reino Unido foi a primeira nação a começar a vacinação com doses da Pfizer/BioNTech. Os Estados Unidos aprovaram a utilização da mesma vacina e iniciaram a imunização da população no momento em que a pandemia atingiu o nível mais crítico no país. No mesmo dia, 14 de dezembro, o Canadá começou a vacinar os grupos prioritários.
O Brasil iniciou a imunização no dia 17 de janeiro, mesma data de aprovação das vacinas CoronaVac e AstraZeneca pela Anvisa. Arábia Saudita e Israel iniciaram a vacinação com a vacina estadunidense e alemã Pfizer/BioNTech. Os Emirados Árabes apostaram no imunizante chinês Sinopharm, enquanto a própria China utiliza as duas vacinas produzidas no país, a Sinovac e a Sinopharm.
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A União Europeia também aprovou o imunizante norte-americano e todos os 27 países começaram a vacinar a população. Na América Latina cinco países já começaram a vacinar: México, Argentina, Chile, Costa Rica e Brasil.
Confira a situação da vacina em cada país
Países que já começaram a vacinação
Brasil – AstraZeneca e CoronaVac
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no domingo (17) o uso emergencial das vacinas do Instituto Butantan (CoronaVac) e Fiocruz (AstraZeneca). Dessa forma, no mesmo dia, a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, se tornou a primeira brasileira a ser vacinada contra o coronavírus. A aplicação ocorreu em São Paulo às 15h30min de domingo (17).
Na segunda-feira (18) as doses foram distribuídas para os Estados brasileiros e a vacinação iniciou entre segunda e terça-feira nas diferentes cidades do Brasil. Em Santa Catarina, o enfermeiro Júlio César Vasconcellos de Azevedo, 55 anos, morador de Florianópolis, foi o primeiro a receber a vacina às 17h36min de segunda-feira (18) em ato simbólico que iniciou a vacinação no Estado.
As doses de CoronaVac foram distribuídas para as 17 regionais da saúde de Santa Catarina na manhã de terça-feira e as cidades iniciaram a vacinação à medida em que receberam a vacina.
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O país projeta imunizar 51,4 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021. A primeira fase de vacinação começou pelos trabalhadores da saúde, a população idosa a partir dos 75 anos de idade, as pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e a população indígena.
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Na segunda fase, pessoas entre 70 e 74 anos serão vacinadas, em seguida de 65 a 69 anos e de 60 a 64 anos. Na terceira fase, é a vez daqueles com comorbidades, como hipertensão, diabetes e transplatados e depois os grupos prioritários, como professores, forças de segurança e funcionários do sistema prisional.
Rússia – Sputnik V
A Rússia começou a vacinar sua população em 5 de dezembro. Profissionais de saúde, assistentes sociais e professores tiveram prioridade. Na capital, Moscou, 70 centros especiais foram abertos para imunizar a sociedade.
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A vacina é aplicada em duas doses com 21 dias de intervalo e foi concedida para cidadãos russos e administrada de forma voluntária. Os dados finais da fase 3 de ensaios clínicos da Sputnik confirmou a eficácia da vacina de 91,4%.
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Reino Unido – Pfizer/BioNTech
Três dias depois do começo da aplicação da vacina Sputinik V na Rússia, foi a vez do primeiro país do ocidente começar a vacinar. O Reino Unido escolheu iniciar a imunização da população com a vacina norte-americana e alemã Pfizer/BioNTech.
No dia 2 de dezembro, o governo aprovou a utilização da Pfizer em caráter emergencial e, uma semana depois, o país iniciou a vacinação. A britânica Margaret Keenan, de 90 anos, foi a primeira pessoa no mundo a receber a Pfizer fora de um ensaio clínico.
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O início da vacinação foi dedicado a pessoas acima de 80 anos, profissionais de saúde sob maior risco e funcionários de casas de repouso. Ao longo das semanas, o Reino Unido vacinará os demais grupos vulneráveis.
Foi detectada a disseminação de uma nova variante do coronavírus no Sul do Reino Unido. Com as informações coletadas até o momento, especialistas afirmam que as vacinas continuam eficazes para essa nova cepa do vírus.
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A nação encomendou 40 milhões de doses da Pfizer, que podem imunizar 20 milhões de pessoas, ou seja, quase um terço da população do Reino Unido. Os reguladores britânicos também aprovaram a utilização da vacina AstraZeneca, feita pela Universidade de Oxford, e do laboratório Moderna.
Estados Unidos – Pfizer/BioNTech e Moderna
Na segunda semana de dezembro, a primeira pessoa foi vacinada contra o coronavírus nos Estados Unidos, na cidade de Nova York. A utilização da vacina norte-americana em conjunto com o laboratório alemão, Pfizer/BioNTech, foi aprovada em caráter emergencial no domingo (13), um dia antes do início da vacinação.
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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendou que os idosos, profissionais da saúde e funcionários de casas de repouso sejam os primeiros vacinados. Porém, o plano de aplicação da vacina fica a critério de cada Estado.
A Pfizer estima que 20 aviões transportarão suas vacinas diariamente para populações de todo o país. 100 milhões de imunizantes foram reservados pelos Estados Unidos. A vacina da empresa Moderna também foi aprovada e está sendo administrada na população estadunidense.
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Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia, com mais de 18 milhões de infecções registradas e mais de 300.000 mortes por Covid-19.
Canadá – Pfizer/BioNTech
O Canadá se tornou o quarto país do mundo a administrar a vacina contra o coronavírus e o terceiro a utilizar a Pfizer. No mesmo dia dos Estados Unidos, o país iniciou a vacinação nas casas de repouso e em profissionais da saúde, com 30 mil doses disponíveis. Até o final de 2020, 249 mil doses serão aplicadas.
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O Canadá autorizou a utlização da Pfizer/BioNTech na última semana e planeja vacinar 3 milhões de pessoas até o final de março. O país já reservou vacinas suficientes para toda a sua população de 38 milhões de pessoas. Estima-se que a maior parte da sociedade esteja vacinada até setembro de 2021.
Arábia Saudita – Pfizer/BioNTech
A Arábia Saudita iniciou a imunização da população no dia 17 de dezembro com a vacina norte-americana e alemã Pfizer/BioNTech. Os cidadãos precisam se registrar para tomar o imunizante, que será distribuído de forma gratuita.
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O ministro da Saúde, Tawfiq al-Rabiah, foi uma das primeiras pessoas a receber a vacina em frente à mídia, para influenciar a população a fazer o mesmo.
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O imunizante será aplicado em três fases. Na primeira, as pessoas mais expostas à doença irão ser vacinadas, na segunda, aquelas com mais de 50 anos e, por fim, o público em geral.
Israel – Pfizer/BioNTech
A nação iniciou a sua campanha de vacinação pelos profissionais da saúde no dia 19 de dezembro. Em uma solenidade, o premiê Benjamin Netanyahu foi o primeiro israelense a receber o imunizante. O presidente e outros funcionários do governo também já foram vacinados.
A vacinação iniciará pelos idosos residentes em asilos e funcioários desses locais. Depois, pessoas com mais de 60 anos e com comorbidades serão vacinadas. E, por fim, toda a população poderá tomar a vacina.
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Além da vacina Pfizer, Israel tem um acordo com a farmacêutica Moderna, que deve enviar 6 milhões de doses ao país no próximo mês.
China – Coronavac e Sinopharm
Na metade de 2020, a China permitiu que vacinas ainda em fase de testes fossem distribuídas para grupos com risco alto de contraírem o coronavírus. Ao todo, 3 tipos de imunizantes não aprovados foram aplicadas na população. A CanSino recebeu autorização para vacinar militares e a Sinovac e Sinopharm receberam autorização para vacinar grandes populações fora dos ensaios clínicos em andamento.
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As vacinas foram vendidas por R$ 350 para duas doses e o uso era voluntário. As pessoas precisavam preencher formulários de consentimento dos possíveis efeitos colaterais.
A China não está mais em fase de transmissão comunitária da doença e, por isso, ainda não tem um plano de vacinação para toda a população, mas algumas farmacêuticas continuam os testes e buscam aprovação do governo chinês.
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Emirados Árabes Unidos – Sinopharm
A vacina da Sinopharm estava sendo administrada nos profissionais da linha de frente dos Emirados Árabes Unidos desde o mês de setembro, com autorização de uso emergencial.
Em dezembro, a vacina foi aprovada pelo órgão regulatório do país e atestada com 86% de eficácia.
América Latina
México, Chile, Costa Rica, Argentina e, por último, Brasil já começaram a vacinação, enquanto Panamá, e Equador também tiveram a aprovação emergencial para a utilização de alguma vacina contra a Covid-19, mas ainda não iniciaram a imunização.
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Os cinco países que já estão vacinando começaram a imunizar os profissionais de saúde. O México iniciou a vacinação com o imunizante Pfizer/BioNTech e está em tratativas com outros laborários para imunizar toda a sua população em 2021. Já a Argentina foi o primeiro país latino-americano a aplicar a vacina russa contra a Covid-19.
União Europeia – Pfizer/BioNTech e Moderna
A União Europeia já fechou contratos com seis farmacêuticas diferentes para a reserva da vacina: Moderna, Sanofi-GSK, Johnson & Johnson, Curevac, Pfizer/BioNTech e AstraZeneca. Até agora a UE reservou mais de 1,5 bilhão de doses do imunizante e pode doar 5% de suas vacinas para os países mais pobres.
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A agência que regulamenta a autorização de medicamentos na União Europeia, EMA, aprovou na segunda-feira (21) a vacina norte-americana Pfizer. Todos os 27 países que compõem o bloco já começaram as campanhas de vacinação.
A nação buscava autorizar um imunizante em janeiro, mas com o começo da administração da vacina no Reino Unido, EUA e Canadá, o orgão foi pressionado para tomar uma decisão antes do natal.
Suiça – Pfizer/BioNTech
A Suiça foi o primeiro país a autorizar uma vacina para a Covid-19 de forma regular e não para uso emergencial. A agência regulatória de medicamentos da Suíça, a Swissmedic, aprovou a utilização do imunizante da Pfizer/BioNTech e agora analisa as vacinas da Moderna e da AstraZeneca.
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A estimativa é de que a imunização da população suiça aconteça depois da União Europeia, no dia 4 de janeiro de 2021. Os primeiros a serem vacinados serão idosos e pessoas com problemas de saúde.
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Países que ainda não começaram a vacinação
Aliança Covax
A aliança Covax, iniciativa da Organização Mundial da Súde (OMS), busca distribuir de forma equitativa as doses de vacina pelo mundo no primeiro semestre de 2021. O grupo possui mais de 170 países integrados e visa dividir 1,3 bilhão de doses de um imunizante contra a Covid-19 entre 92 países pobres no primeiro semestre de 2021.
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Estima-se que 2 bilhões de vacinas serão distribuídas em 2021. O Brasil também faz parte dessa aliança e pode receber uma remessa. A aliança está em negociação com as farmacêuticas Oxford/AstraZeneca, Johnson, AstraZeneca ou Novavax, produzidas pelo Instituto Serum, na Índia e Sanofi/GSK.
*Com supervisão de Vinícius Dias