O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente, a compatibilização entre o desenvolvimento e a preservação ambiental.

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– Estamos trabalhando para compatibilizar a necessidade de preservação de nossa floresta, de nossas águas e da fauna com a possibilidade de garantir que as pessoas possam viver melhor, com mais dignidade – disse Lula, ao discursar em Caravelas, no sul da Bahia, depois de assinar decretos criando reservas extrativistas em áreas onde vivem famílias que produzem castanhas, açaí e babaçu e comercializam caranguejos retirados dos mangues.

É preciso discutir com mais seriedade a questão ambiental “na nossa sociedade, no Estado e no mundo”, afirmou o presidente.

Lula criticou os países ricos, afirmando que estão “carecas”, pois já desmataram a ponto de não ter mais árvores.

Segundo ele, depois de desmatar todas as suas florestas, esses países agora têm de começar a pagar, para que outros, como o Brasil, preservem suas matas.

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Acidente aéreo

Antes de iniciar o discurso, Lula pediu um minuto de silêncio em homenagem aos passageiros do Airbus A-330 da Air France, que desapareceu na noite de domingo, quando sobrevoava o Oceano Atlântico, com 228 pessoas a bordo, após partir do Rio de Janeiro com destino a Paris.

Um dos decretos assinados hoje cria a Reserva Extrativista de Cassurubá, localizada nos municípios baianos de Caravelas, Alcobaça e Nova Viçosa.

Também foram criadas as reservas extrativistas Prainha do Canto Verde, em Beberibe, no Ceará, e Renascer, no Pará, e a unidade de conservação Monumento Natural do Rio São Francisco, entre os Estados de Alagoas, Bahia e Sergipe.

Em outro decreto, o presidente criou o Programa de Manejo Florestal Comunitária e Familiar. Ele também assinou mensagem de encaminhamento ao Congresso Nacional do projeto de lei que institui a Política Nacional dos Serviços Ambientais.

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As informações sobre as reservas foram divulgadas pelo Ministério do Meio Ambiente.