O desemprego voltou a aumentar um décimo em novembro de 2009 na zona do euro, para 10%, a maior taxa desde agosto de 1998, segundo dados divulgados hoje pelo Eurostat, órgão de estatísticas comunitário.

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O índice de desemprego subiu também um décimo no conjunto dos 27 países-membros do bloco, onde atingiu 9,5%, maior taxa desde o início da série histórica, em janeiro de 2000. O ritmo da perda de empregos se mantém estável desde abril do ano passado tanto nos países da zona do euro quanto em toda a União Europeia (UE), e ainda não reflete a melhora de outros indicadores econômicos.

A taxa de desemprego na Espanha registrou alta de um décimo e chegou a 19,4%, o que a mantém na segunda posição entre os países do bloco com maior taxa de desemprego, atrás apenas da Letônia, que registrou o maior aumento mensal de toda a UE, de 1 ponto, para 22,3%.

O aumento do desemprego nos últimos meses, contudo, foi “moderado” e “muito menor do que no segundo trimestre do ano passado”, disse à imprensa a porta-voz de Assuntos Econômicos e Monetários da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), Amelia Torres.

O mercado de trabalho “sempre demora mais para se recuperar em relação à atividade econômica” e, por isso, o desemprego “vai continuar aumentando em 2010”, como indicavam previsões econômicas do ano passado da Comissão, acrescentou Torres.

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– A princípio, esperamos que isso mude em 2011 – disse a porta-voz.

Em toda a UE, o desemprego afetava em novembro 22,89 milhões de pessoas da população economicamente ativa, 4,97 milhões a mais que no mesmo mês de 2008, e 15,71 milhões nos países da zona do euro, 3 milhões a mais que um ano antes, segundo o Eurostat. Entre outubro e novembro, o número de desempregados na UE aumentou cerca de 185 mil pessoas, incluindo 102 mil nos países do euro.

Dos 22 Estados-membros para os quais há dados disponíveis, o desemprego aumentou em novembro em 17 deles, manteve-se estável em quatro e caiu em apenas um, segundo dados do Eurostat, corrigidos de acordo com as variações sazonais. Os únicos países onde o desemprego não aumentou foram Hungria (10,8%), Alemanha (7,6%), Eslovênia (6,8%) e Luxemburgo (6%).

Apesar de também registrar aumento de um décimo, a Holanda se manteve com a taxa mais baixa de toda a UE (3,9%), seguida da Áustria, único Estado-membro onde o desemprego caiu um décimo, para 5,5%. Em comparação com novembro de 2008, todos os Estados-membros tiveram aumentos no índice de desemprego.