O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse hoje que 2009 será um ano “difícil”, tanto para países emergentes quanto para os ocidentais, mas que podem começar a sair da crise econômica mundial em 2010, em sintonia com a análise da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
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– A previsão que fazemos é que, se as políticas econômica e financeira que nós sugerimos se iniciarem corretamente, o começo do arranque da economia mundial deveria acontecer no início de 2010 – disse Strauss-Kahn.
Compartilhou, assim, a opinião manifestada ontem pelo secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, que também indicou o próximo ano para o começo da recuperação econômica.
Strauss-Kahn, que, em entrevista publicada hoje no jornal Les Echos, afirmou que a próxima previsão de crescimento econômico do FMI, em três meses, “poderia se aproximar de zero”, destacou a importância do apoio ao sistema financeiro, apesar de ser o coração e a origem da crise econômica internacional. A “efetividade” dos planos de relançamento econômico que foram implementados depende das ações de reestruturação dos bancos, disse.
– Não direi que não foi feito nada, mas as iniciativas são lentas – disse à imprensa no fórum sobre a concorrência organizado pela OCDE, acrescentando que “é importante que o setor bancário desempenhe seu papel”.
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Ele reconheceu, no entanto, que é complicado para a opinião pública entender que é preciso apoiar o setor no qual se originou a crise, mas ressaltou a necessidade de relançar o sistema creditício para que o crescimento econômico volte a decolar. Strauss-Kahn concluiu que uma das iniciativas prioritárias a serem realizadas é “limpar os balanços dos bancos”.