O sonho de ter um negócio próprio é cada vez mais presente na vida dos brasileiros. Em 2007, havia 15 milhões de empreendimentos iniciais no país – em fase de implantação ou com até 42 meses de vida – segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Este número corresponde a 12,72% da população adulta, de 118 milhões de brasileiros com 18 a 64 anos de idade. No mundo, o Brasil ocupa a nona colocação entre os países empreendedores.
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O estudo, divulgado hoje pelo Sebrae Nacional e pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), mostrou também que 57% dos empreendedores iniciais – cerca de oito milhões de iniciativas – decidiram abrir o negócio por causa das oportunidades do mercado. Já os 43% restantes, cerca de sete milhões de novos negócios, entraram neste segmento por necessidade.
Boa saúde
Na avaliação do diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, esse aumento na criação de empresas está ligado à boa saúde da economia brasileira.
– O Brasil experimenta um período de crescimento continuado e isso estimula novos negócios – afirmou.
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Ele lembra que eles são muito suscetíveis às variações na economia, ou seja, são os primeiros a sentirem os efeitos de queda de consumo ou dificuldades de crédito. No entanto, quando a economia vai bem, a sobrevivência das novas empresas funciona como estímulo ao surgimento de outras.
O setor de serviços foi o que concentrou o maior número de novas empresas em 2007: 54,1%, com destaque para a comercialização de alimentos e roupas no varejo (crescimento de 36% de 2006 para o ano seguinte). Outros destaques foram bares e lanchonetes (56%) e tratamentos de estética e beleza (66%).
Na outra ponta, a prestação de serviços de reparação de escritório e informática registrou uma queda de 59%. Outro destaque ficou por conta do setor de transformação, que teve uma expansão de 29,7% em 2007.
Emprego
No período de janeiro a maio do ano passado houve um incremento de 1,15% no número de pessoal ocupado em relação ao mesmo período em 2006. Os setores que mais contribuíram para esse crescimento foram de alimentos e bebidas (5,5%), produtos de metal (5,1%) e meios de transporte (4,3%). A pesquisa destaca que esses dados “reforçam que os setores de serviços são os mais promissores na geração de empregos, particularmente naquelas atividades relacionadas a alimentos e bebidas”.
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