A Escola Ruy Barbosa, no Centro de Timbó, Vale do Itajaí, conseguiu normalizar o fornecimento de refeições aos 300 alunos do Ensino Médio Inovador. No início do ano letivo, não havia comida para manter os estudantes pelo período integral e os pais acabaram contribuindo financeiramente para solucionar emergencialmente o problema. Nesta semana, parte da verba para complementar a alimentação básica foi enviada para a escola.

Continua depois da publicidade

No total, o governo faz o repasse anual de R$ 23.498 mil para a compra dos alimentos não perecíveis para complementar as refeições, oriundos de três programas, segundo a gerente de Educação da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Timbó, Sara Regina Ledra. Além disso, são enviados mantimentos como feijão, arroz, sucos, macarrão, bolachas, atum, sardinha, frango enlatado e sucrilhos.

– O serviço está se regularizando. Já recebemos R$ 2 mil e, nos próximos dias, deve vir a verba para comprar produtos da agricultura familiar. Na primeira semana optamos por não servir o almoço, pois tínhamos apenas arroz, feijão, macarrão, além dos ingredientes para os lanches da manhã, tarde e noite – revela a diretora Salvelina Maria Zatelli.

Neste período em que não foi fornecido o almoço, os alunos foram liberados para almoçar em casa. Os que moravam perto, voltavam para participar das aulas à tarde. O ano letivo começou dia 14 de fevereiro e no dia 21, na segunda semana de aula, foi feita uma reunião entre diretoria e pais. As famílias sugeriram contribuir com R$ 20 para complementar a alimentação até que tudo voltasse ao normal.

Continua depois da publicidade

– O objetivo é que família e escola caminhem juntos para uma educação melhor. Na reunião, alguns pais sugeriram e se comprometeram a ajudar espontaneamente para complementar o almoço. Nos organizamos e agora está tudo funcionando normalmente – afirma o presidente da Associação de Pais e Professores (APP), Ulisses Faes.

Para a aposentada Ellen Zimmer, mãe de um aluno do 1º ano do ensino Inovador, apesar da escola ser estadual também é preciso que os pais ajudem:

– É bem melhor ter alunos na escola do que na rua, por isso sou a favor do ensino Inovador. Em casa as crianças também comem. O governo tem que dar educação e estudo, mas nem tudo é como a gente quer. Então, cabe a nós colaborar. Neste mês ajudamos com R$ 20, mas, uma vez que o governo mandar o recurso, não haverá mais necessidade.

Continua depois da publicidade