Pais saem para caça aos brinquedos mais disputados do Natal

A saga pelo brinquedo sonhado pelas crianças ao pé da árvore, no dia 25, entra na reta final. E a pouco mais de uma semana para o Natal, encontrar os presentes mais procurados nas lojas pode ser questão de sorte.

Sorte que, nesta sexta-feira, não faltou para Aléxia Goettems, nove anos. Ela foi a criança que conseguiu levar para casa a última boneca Monster High da Ri Happy do Floripa Shopping. Provavelmente, a última boneca da loja até o Natal, já que, segundo o gerente André Luiz da Costa, quando acabam os estoques, os novos produtos demoram de 10 a 15 dias para chegar.

A Monster High que Márcia, mãe de Aléxia, comprou por R$ 129 foi a última de 72 bonecas vendidas nesta sexta, entre as 10h e as 16h, na loja. Aléxia, agora, tem 10 itens da linha inspirada em histórias de terror e ficção científica da Mattel, com bonecas e acessórios que chegam a R$ 500. A Monster High é um dos brinquedos mais desejados pelas meninas no Natal.

O dono das Lojas França, Nivaldo França dos Santos, afirma que o sucesso do produto no mercado é tanto que a rede se preparou para o Natal.

– O produto está em falta no mercado, mas só a nossa loja de Florianópolis tem 600 bonecas no estoque.

Pesquisa nacional da Ri Happy mostra que, entre os meninos, os carrinhos Hot Wheels e o jogo Bay Blade estão entre os brinquedos mais procurados (veja quadro). Gustavo Araújo de Lima, de sete anos, já garantiu alguns bonecos do Ben 10 para o Natal. O pai dele, o advogado Jorge Luiz Lima, comprou os presentes em novembro, justamente para evitar a correria da última semana.

A Ri Happy, maior rede varejista de brinquedos do Brasil, com 124 lojas, estima crescimento de 10% nas vendas neste Natal. A empresa reforçou a equipe contratando 3,5 mil temporários em dezembro. A Lojas França é uma rede de 14 unidades no Sul do país. Apesar do ano difícil para o comércio, como observa o proprietário, as lojas devem registrar um pequeno incremento nas vendas nesse Natal.

Os mais procurados

1º Carros Hot Wheels (Mattel) – R$ 5,99

2º Bay Blade batalha (Hasbro) – R$ 49,99

3º Galinha Pintadinha (Multibrinck) – R$ 84,99

4º Barbie Princesa e PopStar (Mattel) – R$ 99,99

5º Boneco Max Stell (Mattel) – R$ 29,99

6º Amoeba Geleia – R$ 5,99

7º Boneca Cupcake Surpresa (Estrela) – R$ 29,99

8º Boneca Carrossel (Cotiplás) – R$ 44,99

9º Trash Pack Latão (DTC) – R$ 9,99

10º Boneca Monster High (Mattel) – R$ 79,99

Fonte: Ri Happy

Itens raros integram o cardápio

Além dos presentes da árvore, a falta de produtos no mercado atinge também a ceia de Natal. A pesquisa de preços das carnes mais procuradas para a ceia, do Procon de Florianópolis, demora a sair pela dificuldade de encontrar produtos de certas marcas nos supermercados, segundo informou o departamento de fiscalização do órgão de defesa do consumidor da Capital.

O presidente da Cidasc, Enori Barbieri, garante que não faltam produtos nas indústrias. Ele acredita que o problema está nos altos preços das aves e dos cortes suínos, que subiram em função da escassez do milho e da soja usados na ração dos animais. Segundo ele, é provável que os supermercadistas estejam deixando de comprar algumas marcas.

Foi o que confirmou Zefiro Giassi, dono da rede de supermercados Giassi, a segunda maior do Estado. O empresário conta que o preço do peru da Sadia, a mais conhecida das marcas para o produto, está muito acima do das outras, mesmo nas vendas em grande quantidade. O mercado optou, então, por privilegiar o peru de outros rótulos, segundo Giassi.

O supermercadista afirma que o valor das aves está 15% mais alto neste Natal do que os valores registrados no do ano passado. A aumento para os suínos é ainda maior: cerca de 40%. Para ele, outro motivo para a falta de alguns produtos no supermercado, hoje, é que o abastecimento completo das carnes vai acontecer somente na última semana antes do Natal, uma escolha dos fornecedores para este ano.

De qualquer maneira, segundo o empresário catarinense, não dá para armazenar esse tipo de produto por muito tempo para não comprometer a qualidade. Giassi afirma, também, que a procura dos consumidores está maior nesse Natal do que a registrada no ano passado.