Na espera da recepção do Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, ou nos corredores da instituição à espera de um contato com as filhas, familiares de três estudantes relataram momentos de desepero ao saber do acidente que matou três pessoas na Estrada do Mar, em Arroio do Sal.
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Informado da colisão por um homem a pedido de uma das filhas, o comerciante Paulo Reis, 44 anos, conversou pessoalmente por cerca de meia hora com a filha Paola Reis, 19 anos, estudante de Administração da Ulbra Torres, que estava sentada logo atrás da motorista do ônibus e ficou presa nas ferragens.
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Minutos antes, Paulo havia se tranquilizado ao ver que a filha Priscila, 22 anos, estudante de Arquitetura que também estava no ônibus, estava fora de risco.
– O Samu pediu para não mexer na Paola, mas para conversar e mantê-la acordada. Foi um acidente muito grande, muito chocante e todos que estavam no ônibus são nossos conhecidos de Arroio do Sal – diz Paulo.
Aguardando pelo atendimento das irmãs, familiares relataram que Paola fraturou as duas pernas e que Priscila teve um corte na cabeça.
Escoriações, causadas pela batida violenta entre o ônibus e o caminhão com um animal, também estavam presentes na aluna do curso de Administração Anelise Panozzo, 19 anos. Terezinha Soares, 50 anos, mãe de Anelise, conta que a filha precisou fazer pontos após sofrer um corte na cabeça. Avisada por telefone pela própria estudante, Terezinha também se deslocou até o acidente.
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– Ela (Analise) conseguiu sair e me ligar, disse que tinha dado um acidente, que havia saído, mas que era para ir ajudar, pois tinha muita gente gritando. Cheguei uns 15 minutos depois e já estava cheio de ambulâncias, ela não atendia mais o celular e estava sendo socorrida – relembra.
A agonia por notícias da filha só foi sanada no hospital em Capão da Canoa. Sem previsão de alta, Terezinha pretende, assim como outros familiares, esperar até a alta médica dos estudantes, a maioria jovens, que se envolveram no acidente e estão internados em hospitais do Litoral Norte.