A solidez do sistema bancário brasileiro e os bons fundamentos macro-econômicos minaram os efeitos da crise externa sobre o país. Essa foi a avaliação feita pelo ex-presidente do Banco Central (BC), Gustavo Loyola, no Seminário Crédito e Sistema Tributário, realizado nesta sexta-feira pela Fecomércio do Rio de Janeiro.
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Loyola analisou que isso dá uma certa garantia de que “o Brasil não vai ter no próximo ano uma desaceleração da economia tão forte. Vai desacelerar, mas não vamos entrar em recessão”.
Ele disse que o problema de liquidez externo afetou o mercado financeiro doméstico provocando um freio nos mercados de capitais e interbancário, reduzindo também as linhas externas de crédito.
Redução dos compulsórios
Segundo ele, essa redução de crédito, afetou particularmente as micro-pequenas e médias empresas. Loyola disse que o BC tem procurado incentivar a irrigação dos segmentos mais afetados pela crise com medidas como a redução dos compulsórios.
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Na avaliação do ex-presidente do BC, uma das lições da crise é que “os avanços institucionais nunca são demais”.
Ele reforçou que avanços desse tipo, promovidos no passado recente, fazem o Brasil sofrer menos com a crise.
Loyola prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá entre 2,5% a 3%, em 2009. Ele destacou que, apesar de ser uma desaceleração importante, não terá crescimento negativo, como deverá ocorrer em países europeus e nos Estados Unidos.
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