– Nós pagamos impostos e queremos escola para os nossos filhos.

Essa foi uma das frases pronunciadas por uma das mães ao microfone, em frente a escola estadual Maria Amin Ghanem, na tarde desta quinta-feira.

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Rosa Aparecida, de 38 anos, mãe de uma aluna de 13 anos, se reuniu com outros tantos pais para protestar a falta de respostas do Governo Estadual. Os alunos não puderam iniciar o ano letivo porque a unidade permanece interditada pela Vigilância Sanitária.

– Não deram prazo e não disseram nada. Se os pais quiserem informação têm que ir buscar -, concluiu a mãe.

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Com cartazes que pedem medidas ao Estado, pais e alunos manifestaram sua indignação. Em uma caminhada, convocaram os outros pais que não compareceram para se unirem à luta por uma solução. Com carro de som e microfone, seguiram pelas ruas do bairro Aventureiro. Novas manifestações também foram agendadas.

A Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) ainda não definiu o que fazer com os 800 alunos da escola interditada pela Vigilância Sanitária, pois não encontrou espaço que comporte tantos alunos e nem parceiros para locação. Apenas 89 adolescentes do ensino médio noturno, segundo a direção da escola, que foram remanejados para a escola João Rocha.

Esse momento de indefinição também preocupa a professora Luciana Mendes, de 36 anos.

– As crianças não terão aula e eu não vou mais trabalhar? -, questiona a professora que fez mais uma ressalva.

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– A Vigilância está avisando há muito tempo sobre as interdições, quem está pecando é o Governo que não toma providências.

Enquanto permanecerem sem respostas, os pais pretendem continuar protestando. Na quinta-feira, haverá uma aula de campo, ali mesmo na rua. Um abraço à escola também está previsto para acontecer no mesmo dia. Na sexta-feira os pais farão novo protesto na SDR, no Centro.