O desaparecimento e a morte de Mara Tayana Decker, em Joinville, não deixou somente a família e os amigos da jovem em estado de choque. É mais um crime com requintes de crueldade que abala a região Norte de Santa Catarina. Em setembro do ano passado, um caso semelhante chocou a cidade.

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Vitória Schier, de 16 anos, foi assassinada quando voltava da Escola Técnica Tupy. Ela desceu do ônibus na rua Tenente Antônio João e seguiu caminhando em direção à sua casa pela rua Carlos Alberto Neubauer, no bairro Bom Retiro. Sempre fazia este trajeto.

Foi quando Carlos Alberto de Andrade, 39, atacou a jovem, arrastando-a para um matagal onde a estuprou e matou por asfixia. Dias depois, o corpo foi encontrado perto de um córrego, a poucos metros da casa, pelo avô de Vitória. Em dezembro de 2013, Carlos Alberto foi preso em Paranaguá (PR) e confessou o crime.

De acordo com o delegado Paulo Reis, Andrade tinha a intenção de roubar a garota. O julgamento ocorreu em abril deste ano e Carlos Alberto foi condenado a 42 anos de prisão em regime fechado.

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– A Justiça dos homens foi feita. Agora, falta a de Deus – disse Christiane Schier, mãe de Vitória, no dia do julgamento.

Domingo, ela e o marido, Evandro, mais três amigas estiveram no velório para prestar solidariedade à família de Mara.

– Não conseguimos dormir esta noite (sábado). Viemos aqui para oferecer nosso apoio e ver se a família precisa de ajuda – comentou Evandro.

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Em 2010, outro caso de brutalidade. Juliana Salamon, 19 anos, foi encontrada em um terreno baldio atrás de um ponto de ônibus, no bairro América. O local, na época, estava mal iluminado. Até hoje o caso não foi esclarecido pela polícia, que trata o assunto como assassinato.

Em circunstâncias diferentes e ainda desconhecidas, também em 2010, o corpo de uma mulher foi encontrado dentro de uma mala, às margens do rio Cachoeira. O caso ganhou repercussão nacional. Ana Maria Gonçalves de Almeida era de Três Barras, no Planalto Norte, e tinha 34 anos.