A crise financeira mundial freará a economia brasileira e provocará a redução de até 700 mil novos postos de trabalho no país no ano que vem, na comparação com 2008. A previsão foi feita nesta quinta-feira pelo diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Clemente Ganz.

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– A expectativa de crescimento para 2009 é de 4% a 4,5% no novo cenário, o que vai gerar diminuição do crescimento dos postos de trabalho, com a geração entre 1,3 milhão e 1,5 milhão de empregos – afirmou Ganz.

Este ano, segundo Ganz, o Brasil deve criar 2 milhões de empregos. Mesmo com a previsão de menos postos de trabalho, o economista disse que o cenário brasileiro ainda é positivo.

– Mas, para isso, são necessárias muitas medidas. Algumas já estão sendo tomadas e outras devem ser efetivadas para garantir ao mercado interno capacidade de consumo, criação de empregos e salários, crédito e liquidez.

O diretor do Dieese prevê negociações salariais mais difíceis no próximo ano.

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– A situação fica mais insegura e o ambiente das negociações não é o mesmo que tivemos nos últimos quatro anos, quando o crescimento era o cenário presente.

Ganz disse acreditar, no entanto, que mesmo com a crise é possível haver avanços trabalhistas na base salarial ou na concessão de benefícios indiretos.

Entenda a crise financeira: