A menina Laura de seis anos enfrentará um grande desafio nos próximos dias. Deixará para trás os colegas da antiga escola, vai responder a chamada para uma nova professora e o parquinho terá outros brinquedos. As atividades lúdicas serão substituídas, aos poucos, por avaliações. Laura ingressará no primeiro ano do ensino fundamental em uma nova escola. Esses desafios inerentes à troca de colégio exigem cuidado redobrado dos pais para evitar ansiedade e facilitar a adaptação dos pequenos, e dos grandinhos também.
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Mãe de Laura, a funcionária pública Carolina Machado já tem algumas estratégias para ajudar neste processo:
– Destaco os pontos positivos da nova escola. Digo que ela vai estudar com os primos, fazer novos amigos e vai ter aulas de música e teatro. Para ela saber que não vai perder nada, só ganhar – diz.
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Carolina afirma que mostrará a estrutura do novo colégio nos primeiros dias de aula e apresentará à nova professora. Ela considera importante que a criança participe da compra de material escolar como uma preparação para a nova fase. A psicopedagoga Joyce Cardoso reforça que os pais também devem se preparar:
– Os pais precisam transmitir segurança, dizer que ir para a nova escola é o melhor para ele. Devem conhecer bem o colégio e ter contato com os educadores para tirar todas as dúvidas. É fundamental ter muito diálogo, falar como vai ser divertido e reforçar que a criança vai fazer muitas amizades e aprender coisas novas.
Esse encaminhamento inicial é fundamental para que a criança consiga conviver e se relacionar com mais segurança no ambiente escolar. Marisa Zanoni Fernandes, doutora em Educação e professora da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), defende que os pais precisam ver o colégio como um espaço complementar na tarefa de educar os filhos.
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– O período que antecede a entrada na escola nova deverá ser de muito diálogo entre a escola e os pais e destes com a criança.
Para Marisa, é importante definir um período de ambientação Para os pequenos, é fundamental ter a presença dos pais e preparar o ambiente com referências da família, como fotografias e objetos.
– O sofrimento gerado para os pais e, em especial, para as crianças é desconsiderado. Há mães que fazem desmame e retirada das fraldas, acrescentando situações que conturbam mais o momento.
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DICAS
Antes de começar as aulas
– Inicie o processo de adaptação, falando sempre com animação e segurança da escola
– Não faça a inserção abrupta – reserve tempo para essa transição, como por exemplo, tirar fétias e organizar a agenda para estar disponível.
– Insira aos poucos seus novos horários. Por exemplo, se estudar no período matutino, comece a acordá-lo.
– Leve seu filho para conhecer a escola antecipadamente. Deixe se ambientar durante algum temo, à vontade.
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– Deixe seu filho participar da escolha dos materiais escolares, da mochila e lancheira, assim ele vai descobrindo e se motivando com as novidades.
No início das aulas
– A permanência dos pais em sala de aula pode dificultar a comnpreensão da separação e faz com que as outras crianças também queiram que seus pais fiquem na escola. O ideal é que essa conversa seja feita em casa ou em outro espaço da escola.
– Mas se for extremamente necessária a presenla, que seja po pouco tempo e que não tenha interferência durante as atividades. Aproveite o momento para criar vínculos de confiança entre colegas, professora e seu filho.
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– O tempo da adaptação varia muito. O importante é que seja realizada com confiança e paciência. Cada criança tem seu tempo.
– Nesse período ocorre o choro, mas não significa necessariamente que a criança não queira ficar na escola. Evite levar seu filho de volta para casa, pois ele vai associar o choro ao retorno e vai repetir.
– Seja carinhoso, escute as angústias e novidades. Participe das primeiras semanas levando ou buscando seu filho.
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– Não chore ao deixar a criança. Isso passa a mensagem de que o lugar não é bom. /
– Não exagere na despedida, como sair e voltar, ficar escondido na escola ou olhando de longe.
– Depois de dois meses, se a criança não se interessa pela escola, fala obre colegas ou chora sempre, é um sinal de alerta. Converse com a professora, acompanhe o comportamento do seu filho com outras crianças e, acima de tudo, converse com ele.