Estamos no meio de uma revolução industrial, explicaram os palestrantes do primeiro painel da Expogestão desta sexta-feira, em Joinville, sobre futuro e tendências. Monitorar com sensores o processo industrial, analisar grande volume de dados, ampliar a utilização de robôs, proporcionar a integração de sistemas e a interação entre máquinas são algumas das novas realidades da indústria mundial e que, segundo eles, devem ser observadas com atenção pelos empresários.

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– A internet industrial é um movimento que está apenas começando – explicou José Rizzo Filho, presidente da empresa de automação industrial Pollux.

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Segundo ele, nos Estados Unidos, 210 milhões de observações diárias alimentam modelos computacionais e, até 2020, os dados armazenados serão equivalentes a sete vezes o número de pessoas na Terra.

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O vice-presidente de vendas e inovação da SAP Brasil, Valsoir Tronchin, listou algumas tendências que estão mudando o mundo: hiperconectividade, supercomputação, computação em nuvem, mundo inteligente e segurança e cibernética.

Tronchin diz que a internet das coisas não se refere a coisas, exatamente, mas a reimaginar o processo de produção e negócio, citando exemplos de empresas que passaram a vender serviços no lugar de produtos a seus clientes.

O que será mais importante para as indústrias é a gestão da informação das tecnologias, analisou o quarto painelista, Jefferson de Oliveira Gomes, diretor regional do Senai-SC e professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Ele também observa a robotização crescente.

– Antigamente, o robô substituía pessoas na indústria, hoje, ele trabalha junto com as pessoas. Ele vem sendo usado para diferentes aplicações, já que a cada ano torna-se 10% mais barato – observou.

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O professor compartilhou o dado de que 1 bilhão de pessoas no mundo estão em profissões que não existiam cinco anos atrás. Para ele, não basta ter um conhecimento específico, é fundamental que a aprendizagem esteja baseada em problemas.