Para inaugurar o painel de inovação e competitividade, a organização da Expogestão convidou os presidentes de três grandes organizações globais que fizeram da antecipação e da originalidade suas principais bandeiras.
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Abrindo o ciclo de palestras, o presidente da IBM Brasil, Rodrigo Kede, discutiu o fundamental papel que a tecnologia tem desempenhado nas grandes organizações desde o começo do século 20, e como isso vem se refletindo no dia a dia de quem pensa o futuro organizacional.
Kede explicou que a tecnologia se transforma em ciclos de 30 a 40 anos, onde todas as grandes disrupções do setor são medidas, e dividiu a história da IBM em três grandes estágios dentro destes ciclos.
Segundo o presidente, a história da empresa começou com a era da tabulação, seguindo para a era da programação, quando os computadores passaram a seguir roteiros de ações pré-determinados e, por fim, foi para a era dos sistemas cognitivos – inteligência artificial -, onde os computadores são capazes de aprender sem uma programação específica.
– É nesse momento histórico que vivemos atualmente, e quanto mais um computador for capaz de aprender, mais ele poderá ajudar na vida do ser humano em todos os aspectos.
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Kede ainda explicou que num futuro muito próximo, os dados devem se tornar o próximo “recurso natural” essencial, tal como petróleo e a energia elétrica, pois só por meio deles é que os sistemas serão capazes de mapear e aprender, e isso só pode ser feito com investimento em inovação e tecnologia.
A falta de foco que deu certo
Na sequência, o descontraído presidente da 3M, José Varela, subiu ao palco e, de uma forma quase lúdica, explicou para os presentes como funcionava o processo de inovação da organização, mostrando como a 3M tirou o melhor de cada nicho de mercado para se estabelecer como uma das indústrias mais promissoras do mundo.
– Os consultores têm o hábito de aconselhar as organizações a manterem um foco, mas nós geralmente mostramos o contrário. Hoje, posso dizer que a 3M é a empresa mais desfocada do mundo que deu certo – brincou o empresário, justificando que o catálogo de mais de 55 mil produtos não foi resultado de um foco em produção, mas sim em inovação.
Para ele, a cultura de liberdade e originalidade devem caminhar juntas na indústria moderna, pois só assim se melhora a vida das pessoas.
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Personalização de produtos
Encerrando o ciclo, João Carlos Brega, presidente da Whirpool, mostrou como a empresa direcionou sua força de produção para a personalização de seus produtos, e como esse pode ser um canal importante para as empresas de larga escala se manterem à frente da concorrência.
De acordo com Brega, a inovação deve ser sinônimo de simplicidade, e na escala organizacional, ela acontece em produtos, processos e serviços.
– O avanço não pode acontecer em apenas um ou dois setores de uma organização. Ela deve se renovar e inovar por completo, mesmo que não seja tudo de uma vez só.