A 1ª Vara da Infância e da Juventude de Ibirama promoveu um reencontro na tarde desta sexta-feira em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí. Um pai, que estava há seis meses sem ver a filha e nem saber o paradeiro dela, conseguiu rever a menina de apenas quatro anos.
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Para isso, porém, foi necessária uma audiência de conciliação que durou cerca de três horas. O encontro reuniu advogados, juíza, promotor, oficial de justiça, Funai e lideranças indígenas, além do pai, que não é indígena, e da mãe, essa de origem Xokleng.
Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), a mulher se escondia do ex-companheiro e até mesmo do poder Judiciário porque havia uma determinação concedendo a guarda da criança para o pai. Até então, a menina estava sob responsabilidade da mãe.
A juíza Angélica Fassini decidiu ir até a cidade vizinha, localizada a 26 quilômetros de Ibirama, para resolver o impasse. Só depois de muito diálogo chegaram a um acordo. O pai permitiu que a guarda fique com a mãe. Entretanto, a partir de agora, poderá fazer visitas periódicas à menina.
– A realização da audiência, com a participação das lideranças indígenas, permitiu uma melhor compreensão acerca dessa cultura e pavimentou o caminho para a superação das dificuldades existentes no processo. Além disso, abriu um canal de diálogo entre o Poder Judiciário e essa comunidade, o que poderá nos ajudar em situações futuras – disse a magistrada.
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Ao final, os índios fizeram uma apresentação de dança para representar a conciliação entre as partes.