O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou o pai suspeito de matar a filha de 13 anos e tentar matar seus outros cinco filhos. O caso aconteceu em Criciúma, no Sul de SC, no dia 13 de agosto. O homem de 39 anos está preso preventivamente.
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Ele vai responder por feminicídio contra a filha de 13 anos, duas tentativas de feminicídio e três tentativas de homicídio qualificados. O homem também foi denunciado por incêndio criminoso.
Segundo o Ministério Público, o homem não se conformava com o fim do relacionamento dele com a mãe das crianças. Isso teria motivado o crime.
As vítimas – com idades de 5, 7, 8, 10, 11 e 13 anos – estavam todas no mesmo cômodo quando o denunciado as atacou. Conforme a denúncia, ele só não conseguiu matá-las porque a filha mais velha foi em defesa dos irmãos menores, colocando-se entre o pai e as crianças.
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Diante dessa reação, o denunciado a teria segurado pelos cabelos e a golpeado com facadas na região do tórax. O pai, então, teria deixado a adolescente e tentado atrair as crianças para dentro da residência. Elas se negaram a voltar e foram buscar a ajuda de vizinhos. O denunciado voltou para dentro de casa e teria ateado fogo à residência, iniciado o incêndio próximo ao local onde estava a filha, sem condições de fugir ou reagir.
A perícia no corpo da menina apontou que ela estava viva no momento em que o fogo tomou conta da casa. Ela morreu, segundo o Instituto Geral de Perícias (IGP), por consequência do incêndio e dos ferimentos de faca que havia sofrido.
Homem tinha passagens por violência
O homem denunciado tem passagens policiais por violência doméstica. Segundo a Polícia Civil, parte das denúncias foi feita pela companheira do suspeito.
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A mãe das seis crianças não estava na casa no momento do crime. Vítima de violência doméstica, ela teria fugido do local com medo do marido.
Em uma rede social, a mulher se manifestou sobre o crime. “Você me deixou, filha, por um monstro que dizia ser pai”, escreveu. Ela também falou que não estava em casa com as crianças por medo do homem. “Eu corria risco de vida”, disse.
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