Na última quinta-feira, quando já se destacavam como suspeitos de envolvimento no sumiço de Bernardo Uglione Boldrini, o pai e a madrasta do menino pediram uma audiência com a promotora da Infância e da Juventude de Três Passos, Dinamárcia Maciel de Oliveira.
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Eles queriam saber o que as autoridades estavam fazendo para encontrar Bernardo, sumido desde 4 de abril.
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Dinamárcia, que havia cuidado do processo de suposta negligência em relação ao menino, entre novembro e janeiro, se surpreendeu com o estado do pai de Bernardo, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos:
– Ele estava muito diferente do dia da audiência (ocorrida no começo de fevereiro para acertar a aproximação do menino com a família). Estava combalido, parecia aniquilado. A madrasta, que eu não conhecia, parecia normal.
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Naquele dia, o casal já estava sob suspeita, inclusive, sendo alvo de interceptações telefônicas. Em 15 anos de atuação no MP, Dinamárcia lamenta a morte de Bernardo como a primeira ocorrida em um caso atendido por ela:
– Usamos todas as ferramentas legais que estavam ao nosso alcance.