O almoço do Dia dos Pais na casa da família Gadotti teve um sabor especial neste ano. Além da confraternização com presentes, a data está sendo celebrada com emoção e agradecimento em dobro. Depois da angústia pela espera, Cíntia Gadotti e o pai, Neolcides Gadotti, realizaram o transplante renal, no ano passado, com espaço de tempo de apenas 17 dias sob responsabilidade da equipe da Fundação Pró-Rim, no Hospital Municipal São José de Joinville. Primeiro foi Cíntia, depois o pai.
Continua depois da publicidade
Neste domingo (11) eles reuniram toda a família para comemorar o Dia dos Pais com um churrasco, evento que não aconteceu no ano passado porque eles estavam em recuperação. Também vão brindar ao primeiro aniversário do transplante.
— Fiquei feliz quando eu fiz o transplante, mas preocupada com o meu pai, que também perdeu a função renal. Não gostaria de vê-lo na máquina de hemodiálise, por causa da idade — lembra Cíntia — Por uma coincidência muito grande e alegria maior ainda, em poucos dias, o meu pai também foi agraciado com o transplante.
O pai conta o que sentiu naqueles dias:
— A minha preocupação maior não era comigo e sim por ela, que estava traumatizada com a hemodiálise e nem conseguia dormir direito. O transplante mudou a nossa vida — afirma Neolcides.
Continua depois da publicidade
Ele garante que já está desfrutando da vida com muito mais qualidade.
— Agora posso viajar para onde quiser, mas prefiro a praia e o campo, que me dão mais liberdade — descreve o aposentado de 67 anos.
Novas vidas para pai e filha
Ambos ganharam vida nova graças à generosidade de duas famílias que, apesar da dor da perda, doaram os órgãos de entes queridos. Neolcides também lembra o carinho e a dedicação da equipe da Fundação Pró-Rim:
— Eles vão ficar para sempre no coração de toda a minha família. Não há palavras para descrever o zelo com que nos trataram.
O que pai e filha têm em comum além da insuficiência renal? Cíntia garante que é a vontade de viver.
— Sempre que o vejo recomendo a ter cuidado especial com a alimentação e ele também me orienta neste sentido e me cobra o uso correto dos medicamentos. Quer dizer, um cuida do outro, o tempo inteiro.
Continua depois da publicidade
Ela agradece ao pai pelo apoio recebido durante o período em que fazia o tratamento à espera do transplante e garante que isso mudou a sua vida.
— Hoje, sou uma pessoa melhor e com muita vontade de viver e vejo no meu pai também a mesma motivação — diz Cíntia — Ele é a pessoa mais generosa que eu conheço. Sempre me ajudava a enfrentar a doença com fé, calma e esperança que o transplante logo seria realizado. Neste Dia dos Pais quero dizer ao meu pai que ele é um lutador e que o amo incondicionalmente. Eu não seria ninguém sem a presença dele — declara a filha emocionada.