Leosmar Martins, pai de Leonardo Natan Chaves Martins, principal suspeito de matar Gabriella Custódio Silva, prestou depoimento durante a tarde desta segunda-feira (29) na Delegacia de Homicídios de Joinville.
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De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Elieser Bertinotti, a conduta do pai está sendo investigada. Ele foi ouvido enquanto suspeito, não em relação à morte em si, mas à questão de fraude processual.
– Estamos analisando até mesmo a questão da posse de arma. Já está comprovado que não é uma arma de proveniência legal – completa Elieser em entrevista à NSC TV.
De acordo com o delegado, durante o depoimento o pai de Leonardo não falou sobre a origem da arma ou com quem a teria conseguido. Segundo Elieser, em momentos diferentes foi questionado tanto a Leosmar, quanto a Leonardo, se eles poderiam levar a polícia ao local onde foi deixada a arma de fogo, já que eles estavam juntos no momento em que a abandonaram.
– Por orientação da defesa eles disseram que não iriam – pontua Elieser.
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A linha de investigação continua sendo considerada como feminicídio. Segundo Elieser, todas as informações tidas até agora são de que Gabriella morreu em decorrência do convívio com Leonardo e também da condição de mulher.
As próximas pessoas a serem ouvidas não foram divulgadas pela polícia. Para Elieser, as possibilidades de prisões tanto do pai, quanto de Leonardo, não são descartadas.
– Isso depende dos resultados da investigação – completa.
A polícia também aguarda o laudo cadavérico de Gabriella, cujo prazo de divulgação é de dez dias, podendo ser prorrogado de acordo com a complexidade.
O que diz a defesa
Segundo a advogada de defesa que acompanhou Leosmar durante o depoimento, Deise Kohler, os principais esclarecimentos levados foram sobre a arma utilizada e como teria sido o encontro de Leosmar com Leonardo após o fato.
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– Ele encontrou o filho depois que ele levou Gabriella ao hospital. Leonardo estava desesperado. Ele pegou o filho e levou no carro. Ele (o pai) viu que a arma estava ali, então pegou a arma e os dois a jogaram no rio quando estavam indo em direção a São Francisco do Sul, porque eles têm um casa lá – diz a advogada.
Segundo ela, a intenção do pai era a de isolar o filho e, com medo de que Leonardo tirasse a própria vida, o pai se desfez da arma. Ainda segundo a advogada, o pai trabalhou durante um período como caminhoneiro e, recentemente, como motorista de aplicativo.
– Acredito que, por esse motivo, por questão de segurança, ele teria adquirido a arma – considera.
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