O pai do surfista Andy Irons, falecido na última segunda-feira com suspeita de dengue, culpou a organização da etapa de Porto Rico do Circuito Mundial e funcionários do aeroporto de Dallas pela morte do filho. O havaiano foi impedido de competir na etapa por estar doente e, quando decidiu voltar ao Havaí, também não recebeu autorização para trocar de vôo em Dallas. Irons acabou se hospedando em um hotel no próprio aeroporto, onde foi encontrado morto na terça.

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Para Phil Irons, os responsáveis pela etapa de Porto Rico não poderiam autorizar o surfista, com dengue, a voltar para casa. Ele afirmou ainda que a companhia aérea, após não autorizar o embarque de Andy em Dallas rumo ao Havaí, o deixou sozinho e sem assistência.

– Quando ele foi entrar no avião estava muito doente e não o deixaram ficar a bordo. Em vez de ligarem para mim ou para a esposa dele ou colocá-lo em um hospital, mandaram-no embora e ele estava sozinho. Ele acabou indo para um hotel e morreu – declarou Phil Irons, segundo informações do site Globoesporte.com.

O pai do surfista criticou ainda a liberação da informações sobre suspostas drogas encontradas no quarto de hotel do ex-atleta, e afirmou que a verdade virá à tona:

– Eu não posso explicar a condição dele. Eu só sei que foi tão ruim que ele faleceu. As razões por trás dela serão descobertas.

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“Em Portugal não há dengue”

Andy Irons teria sido picado pelo mosquito da dengue em Portugal, onde aconteceu a etapa anterior à de Porto Rico. Examinado por um médico no país caribenho, o surfista foi orientado a ir para um hospital, mas preferiu voltar ao Havaí. Autoridades do estado do Texas, onde fica Dallas, afirmaram terem encontrado cápsulas de metadona, um potente análgesico, no quarto de Andy Irons. O medicamento também é utilizado no tratamento de dependentes químicos.

O resultado da autópsia, no entanto, deve demorar 90 dias. O Ministério da Saúde português divulgou nota afirmando que não existe dengue no país:

– Em Portugal continental não há dengue. Todos os casos identificados são importados – declarou Fracisco George, diretor do orgão.