Jair Batista Ramos nunca se conformou em ver o filho aprovado sem ter média para passar de ano. Foi até a Promotoria da Infância e Juventude pedir providências, mas teve o caso arquivado. Agora que o menino chegou à 8a série e depois de tantos anos ouvindo promessas que ele teria aulas de recuperação, não acredita no programa apresentado pela Secretaria de Educação.

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As promessas até geraram brigas em casa, porque ele obrigava o filho a ir às aulas de recuperação que deveriam ocorrer no contraturno, mas não havia professores.

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– Ele acabou ficando desestimulado. Não adiantava eu mandar ele ir, porque chegava lá e não tinha recuperação – relembra Ramos.

Ramos diz que o filho apresentou algumas melhorias no boletim neste ano. Resultado de estímulos que o pai mesmo criou. O garoto gosta bastante de jogar futebol, mas ele só pode ir para escolinha se estudar.

– Tive que incentivar de alguma maneira, já que na escola ele não é estimulado a aprender – ressalta o pai.

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Apesar disso, em português e em matemática o garoto está com média 4 no primeiro trimestre. Para Ramos, a vida escolar do filho no ensino fundamental poderia ter sido mais proveitosa.

– Não tenho dúvida de que ele não aprendeu quase nada, enquanto conteúdo. Poderia ter sido melhor se ele tivesse reprovado. Agora está com conteúdo defasado para o ensino médio – acredita o pai.