O padrasto do bebê Hector Luan Pereira da Silva, de dez meses, que morreu no dia 6 de maio, em Jaraguá do Sul, está preso preventivamente. Ele é suspeito de ter provocado o traumatismo craniano que matou a criança. Em entrevista ao portal G1, a delegada Milena de Fátima Rosa, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Jaraguá do Sul, confirmou a prisão do homem.
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– O médico legista indicou a causa da morte como traumatismo craniano, inclusive com situação de violência doméstica. De acordo com os exames realizados, a vítima teve a síndrome da criança sacudida. Então, ela foi sacudida várias vezes o que levou a esse traumatismo craniano. A gente teve depoimentos de vizinhos que a criança chorava muito à noite, inclusive, uma testemunha disse que na tarde que a criança morreu, viu o padastro sacudindo ela para que parasse de chorar. Então, entendemos que ele praticou homicídio contra a criança – informou a delegada, por telefone.
A prisão do suspeito ocorreu na manhã deste sábado. Ele foi conduzido ao Presídio Regional de Jaraguá do Sul.
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Relembre o caso
No dia 6 de maio, por volta das 22h30, um bebê de dez meses deu entrada no Hospital e Maternidade Jaraguá com parada cardiorrespiratória. De acordo com a assessoria de imprensa, o bebê chegou entubado e, após os primeiros procedimentos, foi encaminhado à tomografia, porque a mãe e o padastro informaram que o menino teria sofrido uma queda da cama.
À época, o hospital afirmou que o exame não constatou nenhum trauma no crânio. Na mesma noite, a criança teve mais uma parada respiratória e foi encaminhada à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde não resistiu e morreu após duas longas tentativas de reanimação. No dia seguinte, a mãe e o padrasto foram conduzidos coercitivamente à delegacia para serem ouvidos, sendo liberados em seguida.
Na versão do casal, a mãe estava no banho e o padrasto na cozinha, com o filho de nove anos e a enteada de quatro anos. O menino de dez meses ficou no quarto, deitado na cama de casal. O homem ouviu um grito e, quando chegou ao cômodo, viu a criança deitada de bruços, ao lado da cama, sobre um colchão, que era deixado no local para amortecer uma possível queda.
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De acordo com eles, o menino estava com secreções saindo da boca. A mãe e o padrasto saíram da casa pedindo ajuda para os vizinhos. Uma enfermeira que mora próximo ajudou no primeiro atendimento até a chegada do Samu, que permaneceu cerca de uma hora no local para reanimar a criança.
Segundo a Polícia Militar, a testemunha que acionou a PM informou que teria visto o padrasto jogar a criança no chão durante uma discussão com a mãe. Uma vizinha contou à reportagem que estava em casa durante a noite e não ouviu nenhum sinal de briga, apenas os pedidos de ajuda para reanimar o menino.