Saiu a prisão preventiva de um padrasto de 44 anos que abusou sexualmente da enteada de 12 anos durante três anos. A menina tinha nove anos quando começou a viver o drama dentro da própria casa e com medo de contar para a família.

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Mesmo quando ficou grávida aos 12 anos do padrasto, a garota escondeu da mãe. Disse que o pai da criança era alguém que ela havia conhecido em uma loja. A menina teve que aguentar sozinha a situação de ser abusada ainda criança e ainda viver sob ameaça do padrasto estuprador.

– Não fala nada, se não vou matar você e a tua mãe! – dizia o padrasto para a menina, segundo policiais da DP de Palhoça, que conduziram a investigação.

A mãe nem desconfiava da prática criminosa que ocorria com sua própria filha. Ela viveu cerca de oito anos com o agressor. A mãe da vítima saía para trabalhar cedo, voltava tarde e o marido, que vivia de bicos, aproveitava este período para abusar da enteada.

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Por meio de uma denúncia anônima, a equipe de investigação da DP de Palhoça começou a apurar o caso. A vítima acabou confessando. Como sua gravidez é de risco e por ser menor de idade, a polícia acionou o Conselho Tutelar que deve providenciar acompanhamento psicológico para a vítima e outros cuidados necessários.

Durante as investigações, o padastro chegou a fugir, mas acabou retornando para Palhoça e foi preso temporariamente há pouco mais de uma semana. Ele confessou o crime, segundo a polícia. O inquérito está no Fórum e nesta terça-feira a Justiça expediu o mandado de prisão preventiva contra o padrasto.

O mandado foi cumprido e o agressor foi transferido para o Presídio da Capital, onde permanecerá até o julgamento, em uma ala conhecida como “seguro”, onde ficam estupradores e presos pela Lei Maria da Penha.

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O padrasto foi indiciado por estupro de vulnerável cuja pena é de oito a 15 anos de detenção. O nome do criminoso não será divulgado para que a vítima não possa ser identificada.

Denúncias anônimas sobre violações de direitos humanos, principalmente de crianças e adolescentes podem ser feitas pelo Disque 100 da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Basta discar o número 100.