O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, deixou claro que o governo vai tomar medidas amargas para conseguir garantir o cumprimento da meta fiscal de 2017. Questionado sobre essa possibilidade após a votação definitiva do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, Padilha respondeu claramente:

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— Terão que vir medidas que não são as mais agradáveis e tantas outras virão — afirmou.

Ele informou que as primeiras medidas desse tipo já foram tomadas nesta quinta-feira nas despesas dos benefícios sociais.

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Padilha insistiu que o governo já está apontando uma reversão do déficit das contas públicas. Ele lembrou que o déficit sairá de R$ 170,5 bilhões para R$ 139 bilhões. Ele comparou a situação do déficit a uma jamanta carregada que corre a 140 km por hora e que faz uma parada. Segundo ele, uma freada brusca poderia fazer com que carga passasse por cima do veículo.

Padilha avaliou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, conseguiu a proeza de estancar a reversão do déficit.

— Temos que primeiro fazer o dever de casa — disse.

Ele disse que o governo vai buscar mais receitas. Segundo ele, o governo Michel Temer está fazendo “ginástica por todos os lados.

— Temos hoje 55 dias de governo — afirmou.Padilha disse que o Estado brasileiro está pesado e o governo tem que torná-lo mais leve. Segundo Padilha, o governo em agosto terá uma noção mais clara das receitas.

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— O Brasil é um mar de oportunidades. Temos que mostrar ao mundo — ressaltou.

O ministro disse que as medidas serão menos amargas quando maior será a capacidade de crescimento.

*Estadão Conteúdo