O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), minimizou nesta quarta-feira possíveis impactos de manifestações contrárias à gestão do presidente interino Michel Temer. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o peemedebista rechaçou a possibilidade de o Palácio do Planalto repensar o corte de ministérios, incluindo o da Cultura. Além disso, sustentou que governo que não sabe agir sob pressão “não é governo”.

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— Tenho certeza de que a população queria a redução do número de ministérios. Não há nenhuma intenção do governo de voltar atrás — declarou.

Apesar do corte de pastas, o ministro garantiu que os programas voltados para áreas como a da cultura estão mantidos. Para ele, o debate é norteado por “interesses localizados”.

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Durante a entrevista, Padilha também falou sobre a reforma da Previdência. Ao tocar no assunto, rebateu as declarações do ministro da Saúde, Ricardo Barros, e rechaçou cortes nos valores pagos a aposentados.

— Não há previsão de corte naquilo que hoje é o pagamento das aposentadorias. Sei o valor da aposentadoria e sei como é viver com pouco dinheiro. Queremos fazer com que a Previdência seja sustentável com as suas contribuições, o que não está acontecendo — explicou.

Além disso, Padilha avaliou a escolha do líder do governo na Câmara e relatou que há uma disputa entre os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e André Moura (PSC-SE), aliado do presidente da Casa afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). De acordo com o ministro, o governo pediu aos dois grupos (de Maia e de Moura) que “esquecessem a disputa” e buscassem um “terceiro nome” de consenso.

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— A democracia é o regime da maioria. É uma questão, em tese, do parlamento — definiu.

Padilha ainda comentou as suas atribuições na Casa Civil. Afirmou que a sua missão é “olhar para dentro do governo e fazê-lo rodar”.

— Tive o cuidado de formar uma equipe de técnicos — frisou.

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