O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, um dos nomes mais fortes da articulação política do PMDB no governo Dilma Rousseff, admitiu, nesta quarta-feira, em Porto Alegre, a pressão que há, entre as lideranças peemedebistas, para que o partido deixe o apoio ao Planalto.

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Conforme Padilha, existem pelo menos dois grupos internos trabalhando para isso em Brasília, mas outro, no qual se incluiu, defende a manutenção da aliança com o governo até que haja a definição por candidatura própria, o que deve começar a se desenhar após as eleições municipais de 2016.

– O primeiro grupo nunca entrou no governo e quer puxar o resto para fora. O segundo entende que está sofrendo desgaste e gostaria de sair da articulação. O terceiro, majoritário, que controla o partido, está e seguirá com o governo – analisou.

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Padilha reiterou que parte do PMDB tem relação de “lealdade e confiança” com o PT e com a presidente Dilma Rousseff. Sobre um possível “namoro” de peemedebistas com o PSDB, para formar uma nova aliança e enfraquecer o PT, o ministro não descartou a possibilidade.

– Meu amigo, em Brasília, não há segredo. Penso que tem muita gente (do PMDB) falando (com o PSDB).

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O ministro ainda ressaltou que o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), deve seguir no cargo até o fim do segundo mandato de Dilma. Porém, segundo Padilha, Temer deixará a atual posição de destaque na articulação.

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– Ele (Temer) tem qualificação política como nenhum outro na República. Não se pode abrir mão. Ocorre que ele sairá desta área conflituosa, mas permanecerá na tratativa política de alto nível com os outros poderes.

Em relação às recentes declarações do senador Aécio Neves (PSDB), que voltou a falar em impeachment da presidente Dilma, Padilha foi enfático:

– Oposição grita. Governo que ganhou eleição governa. Isto é democracia e luta política. A presidente não cai.

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Eliseu Padilha participou de um fórum de debates sobre infraestrutura e logística, promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

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