Quadro paredes, uma pequena raquete e um parceiro: o pádel é um esporte no auge em vários pontos do planeta, seduzindo atletas como o espanhol Rafael Nadal e o sérvio Novak Djokovic, e que busca seguir aumentando o número de praticantes ao redor do mundo.
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No meio do caminho entre squash e tênis, o pádel é praticado com uma pequena bola em pista de dimensões reduzidas, com uma rede separando os adversários. Cada atleta carrega uma raquete parecida com a que se pratica frescobol, mas com furos, e os muros que cercam a disputa também podem ser utilizados como recurso.
As partidas são sempre praticadas em duplas e os pontos são divididos por meio de sets, como no tênis.
A disciplina é muito popular na América Latina e na Europa, com a Espanha entre os países em que é mais popular. A federação de pádel dos espanhóis é a segunda maior do país, com quase dois milhões de praticante,s à frente inclusive da entidade de tênis. O jovem esporte fica atrás apenas do futebol.
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Diz-se inclusive que Nadal começou no pádel e que poderia nunca ter migrado para o tênis. O atual líder do circuito ATP jogou pádel publicamente nos últimos anos.
“A origem do pádel está no México”, explica à AFP Jérémy Scatena, melhor atleta do esporte na França. “Existem duas histórias folclóricas que disputam a origem. Uma diz que foi criado num barco onde as pessoas jogavam tênis rodeadas de caixas e tonéis para que as bolas não caíssem no mar. Outra é um pouco mais machista, segundo a qual o marido, cansado de ir buscar a bola, construiu um muro atrás da quadra para que sua mulher pudesse jogar com o muro”, conta.
Esta disciplina lúdica, nascida há aproximadamente quarenta anos, tem um circuito mundial que se internacionaliza cada vez mais.
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– Perspectivas de futuro –
Mas além das regiões onde o esporte já é praticado com mais frequência, o pádel se desenvolveu rapidamente nos últimos dois ou três anos, graças aos torneios criados por estrelas do tênis, como Novak Djokovic.
O tenista francês Gaël Monfils participou de competições de pádel neste ano, aproveitando a pausa por não ter sido convocado para a primeira fase da Copa Davis.
“Na Espanha, os 20 ou 30 melhores do mundo vivem disso. Não é assim na França, mas todos os dias subimos um degrau”, avalia Jérémy Scatena, que se mudou para o país da península Ibérica há um ano e meio.
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“Só em Madri são 46 quadras”, explica Scatena, que montou uma empresa especializada na construção de quadras de pádel.
“O pádel é um esporte que vai ter importância no futuro. Na Espanha, foram construídas entre 20 mil e 25 mil quadras em um período de 15 anos. Na França ainda estamos um pouco atrasados porque é um esporte jovem, não porque seja um esporte sem importância”, explica.
A França vai sediar os Jogos Olímpicos de verão em 2024, na capital Paris. Na periferia norte da cidade luz, em Saint-Denis, está o maior centro de pádel em pista coberta do país
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* AFP