O Senado americano incluiu no projeto de lei, que autoriza o pacote de US$ 700 bilhões para estabilizar o sistema financeiro, vários “agrados” aos republicanos, principais responsáveis pelo veto à primeira versão da lei.

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O pacote foi aprovado no Senado na noite desta quarta-feira por ampla margem – 74 votos a favor e 25 contra. Agora o projeto precisa passar pela Câmara, que deve votar até amanhã. Na tentativa de dobrar os republicanos, o novo projeto prevê mais de US$ 150 bilhões em incentivos fiscais a empresas. Entre as mudanças no texto, está o aumento no limite do seguro federal para contas correntes, de US$ 100 mil para US$ 250 mil, válido por um ano; a prorrogação de vários incentivos fiscais para empresas e mudanças em impostos.

Essas eram reivindicações dos republicanos e podem ajudar a amolecer o bloco dos conservadores da Câmara. Mas as mesmas medidas podem desagradar a facção fiscalmente conservadora dos democratas, que se opõe à prorrogação dos incentivos fiscais sem encontrar fontes de receita proporcionais.

Na segunda-feira, a Câmara vetou o projeto, provocando caos na bolsa e nos mercados de crédito. O plano permite ao Tesouro usar até US$ 700 bilhões para comprar dos bancos títulos podres – lastreados em hipotecas inadimplentes, pouco líquidos e difíceis de avaliar – e descongelar o mercado de crédito.

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Muitos congressistas consideraram suicídio político votar a favor do pacote, porque o resgate dos bancos é altamente impopular entre eleitores, que o consideram ‘socorro para banqueiros’. Mais de dois terços dos republicanos votaram contra a lei.