Enquanto todas as medidas de emergência visam prevenir e reduzir a proliferação do coronavírus em Santa Catarina, o pacote anunciado sexta-feira (20) à noite pelo governo do Estado para a economia catarinense já foca no pós-crise. O plano de ação parte da premissa que o abalo econômico é inevitável e busca promover a recuperação.

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Com exceção de serviços essenciais, o varejo e parte dos serviços estão parados, enquanto a indústria opera com capacidade reduzida a até 50%. Depois do medo do contágio, a preocupação com a recessão e temor do desemprego começam a preocupar os catarinenses.

— Nós seremos impactados, como todos os outros Estados. Disso não há como escapar. Por isso o pacote do governo tem por objetivo fazer com que o Estado se recupere o mais rapidamente possível — afirmou o governador Carlos Moisés da Silva.

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Entre as ações, estão a carência e postergação dos contratos de financiamento em andamento, abertura de linhas de crédito de capital de giro em até R$ 200 mil para micro e pequenas empresas (MPEs), com juros parcialmente subsidiados pelo Estado, e linhas de crédito para o microempreendedor individual (MEI). O Plano de Enfrentamento e Recuperação Econômica foi desenvolvido pela Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE).

O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), Lucas Esmeraldino, anunciou o desenvolvimento de um sistema georreferenciado que permitirá acompanhar online o impacto no mercado de trabalho, na arrecadação tributária, na demanda por crédito, entre outros segmentos passíveis de serem monitorados.

— Também estaremos adaptando metodologias para medirmos o impacto no PIB nos próximos meses. Dessa forma estaremos melhor aparelhados para mitigar esses efeitos diante da realidade adversa que todos estamos enfrentando — disse Esmeraldino.

O secretário de Estado da Fazenda (SEF), Paulo Eli, reforça que o Governo está comprometido com a sociedade e atento ao movimento econômico:

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— As medidas são para manter empregos. É a questão mais relevante agora, do ponto de vista econômico. Estamos agindo para minimizar danos futuros, tanto na arrecadação quanto no faturamento das empresas. Queremos garantir que as cadeias produtivas funcionem, para que as indústrias e a agricultura consigam produzir e abastecer a população com segurança, obedecendo a regra do distanciamento social.

A Agência de Fomento de Santa Catarina SA (Badesc) lembra que a origem da instituição foi motivada justamente por desastres naturais:

— Mais do que nunca nesta hora precisamos auxiliar os empreendedores com ações facilitadas para que, pelo menos, possam minimizar os impactos em seus negócios. O Badesc Emergencial surgiu com o intuito de atender os atingidos pelos desastres naturais, neste momento estamos reeditando o programa e buscando atender outra catástrofe que independe do controle humano.