Assim como faz mensalmente, o aposentado Plinio Niehues esteve no posto de saúde, na última semana, para retirar medicamento para hipertensão. Na unidade do bairro Bom Retiro, na zona Norte de Joinville, ele foi informado que o remédio está em falta. Conforme ele, há cerca de um mês que a medicação para pressão alta — chamada Captopril — não é distribuída.
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— Eu ligo sempre para verificar se já chegou. Eu tomo dois medicamentos por dia e, por enquanto, estou precisando comprá-lo. No posto de saúde eles informam que não tem previsão para chegar — afirma o aposentado.
No último mês, Plinio precisou comprar os medicamentos para fazer o uso. O problema não é exclusivo do aposentado. A paciente Maria de Fátima Mangrich também depende de dois medicamentos distribuídos na rede pública de saúde para tratar de asma. O remédio está em falta há três meses na Farmácia Escola de Joinville.
Maria já registrou uma reclamação na ouvidoria do órgão e foi informada que houve troca de fornecedores e, por isso, não há o medicamento disponível na rede.
— Eu uso duas vezes por dia para fazer inalação. Não é um remédio barato, custa R$ 150. Tenho que usar continuamente para não ter as crises – explica Maria.
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Ela passou a usar o medicamento de forma contínua depois que teve uma crise forte, em 2017, e ficou internada em coma no hospital por causa da doença. Agora, ela não pode deixar de utilizá-lo para evitar novos episódios. O remédio de Plinio é fornecido pelo município. Em nota, a prefeitura informou que o medicamento está em processo de compra e a previsão é de que seja reposto na rede em até 15 dias.
Já no caso de Maria, o medicamento é distribuído à farmácia escola pelo governo estadual. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que sofreu com grave desabastecimento de alguns medicamentos fornecidos pelo Ministério da Saúde nos últimos meses. Esta situação, no momento, encontra-se normalizada. O órgão ainda afirmou que a distribuição deve ser feita nesta quarta-feira (25).