Pacientes oncológicos estão reclamando de atrasos nas sessões de quimioterapia em Joinville. O problema aconteceria na transição do tratamento de uma unidade para outra, após a assinatura de convênio da prefeitura com um centro de saúde particular. As informações são da NSC TV Joinville.
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Em entrevista ao Jornal do Almoço, uma das pacientes falou sobre os atrasos. A representante comercial Fabiane Couto foi diagnosticada com câncer na mama direita em fevereiro deste ano e, logo em seguida, buscou atendimento no Hospital São José para dar início ao tratamento.
A orientação do médico era de que Fabiane precisava fazer 16 sessões de quimioterapia, de forma ininterrupta. Segundo ela, foram realizadas nove sessões e quando precisou marcar a décima foi informada de que não tinha mais medicação no hospital.
De acordo com o diretor técnico do Hospital São José, Niso Eduardo Balsini, a falta de medicamentos oncológicos é um problema antigo e, para saná-lo, a prefeitura fez um convênio público com um centro de saúde de Joinville para atender os pacientes.
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A preocupação de Fabiane e do marido Fabio Carvalho é de que o atraso entre as sessões possa ter alguma interferência no tratamento contra o câncer.
— Tanto que tem no meu prontuário. Alguns fazem três sessões e dão a parada de uma semana de descanso para o corpo. A minha não, era específica de que precisavam ser 12 ininterruptas — ressaltou Fabiane à NSC TV.
Diretor do hospital admite atraso nas sessões
Balsini explicou ao Jornal do Almoço que, em muitas situações, o centro de saúde privado consegue ter as medicações necessárias que o São José não tem. O convênio foi firmado para evitar que o paciente fique sem tratamento, mas é possível que exista o atraso entre as sessões.
— Existe um delay porque é o tempo dele entrar no serviço, fazer a consulta. Ele passa por outro médico para iniciar um novo tratamento, isso pode ter um delay de uma, duas semanas. A gente acredita que esse prazo não vai ter prejuízo no final do tratamento para o paciente que já iniciou a quimioterapia — garantiu à NSC TV.
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Para ele, quanto mais entidades credenciadas existirem no município, menores são as chances de existirem problemas com a falta de atendimento para pacientes em Joinville.
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