O som de quatro disparos de arma de fogo, dentro do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, assustou funcionários, pacientes e visitantes, no início da tarde de quinta-feira. Os tiros foram dados por um agente prisional, com uma pistola 380, na tentativa de conter um paciente que ameaçou pessoas com uma faca de cozinha – um homem de 42 anos que sofreu um surto psicótico.

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O paciente foi levado ao hospital por um colega de trabalho, por volta de 8h30. O rapaz contou que ele parecia desorientado havia uma semana. Na quinta-feira, quando chegou para trabalhar em uma obra, seu estado parecia ter se agravado. Segundo o colega, eles esperaram até as 15 horas para receber atendimento.

No momento em que foi chamado, o paciente pegou uma faca de cozinha que estava sobre um carrinho com objetos de limpeza e ameaçou o médico. Uma vigilante do hospital pediu apoio a um agente prisional que estava na unidade fazendo a escolta de um preso.

A versão narrada pelo psiquiatra Marlon Soares e pelo agente prisional é a mesma. Eles contam que o corredor foi evacuado e os dois permaneceram por cerca de 20 minutos tentando dialogar com o paciente.

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– Ele estava sofrendo delírios, achando que faríamos algum mal para ele – contou Soares.

Quando o paciente tentou agredir os dois, o agente disparou a arma para o chão. Dois tiros resvalaram na perna e no braço do paciente, que teve ferimentos leves. Ele foi imobilizado com apoio da Polícia Militar e levado para a delegacia. Depois de responder ao flagrante e passar por exames de corpo de delito, o paciente foi levado de volta à unidade hospitalar para receber atendimento especializado.

Segundo o diretor do Presídio Regional, Cristiano Teixeira, o ato do agente prisional será avaliado em uma sindicância. Ele disse que, em avaliação prévia, a conduta do agente foi correta. O caso também será investigado pela Polícia Civil.