Daniel Pinto está há 20 dias internado aguardando por uma cirurgia no Hospital Municipal São José, em Joinville. Segundo a família, o problema é que a unidade já alegou não ter material cirúrgico para o procedimento e agora afirma não haver vagas na unidade de tratamento intensivo (UTI) para o paciente. O contador, de 27 anos, que precisa realizar a embolização por causa de um tumor na cabeça, não tem outra saída além de esperar.
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O paciente deu entrada no hospital em 24 de agosto com sintomas de acidente vascular cerebral (AVC), mas após alguns exames o derrame foi descartado. Segundo a esposa Aline da Silveira, 27 anos, os médicos começaram a trabalhar com várias suspeitas sobre o que teria acontecido, como a possibilidade de um aneurisma cerebral, uma má formação ou até mesmo um tumor raro.
– A cada suspeita que surgia, nossa estrutura era abalada. Até que foram descartadas todas as suspeitas e acharam que era um tumor – conta.
Em 24 de outubro, Daniel realizou uma cirurgia na cabeça e os médicos não conseguiram encontrar o tumor. O procedimento também demorou a ser feito e foi cancelado por três vezes. Segundo Aline, os motivos apresentados pelo hospital foram de que não havia leito na UTI, falta de material cirúrgico e as férias do médico que faria a cirurgia.
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Após o procedimento, Daniel voltou para casa e teve que retornar ao hospital com muitas dores na cabeça. Aline conta que novos exames foram realizados até que os médicos descobriram que existe um tumor em uma má formação na cabeça do marido. Diante disso, ele precisa realizar a embolização.
– Para fazer esse procedimento está mais uma novela. Disseram que o médico foi viajar e que não tinha material cirúrgico, mas agora que chegou o material não tem vaga na UTI – explica a esposa.
De acordo com Aline, nesta segunda-feira o marido até fez jejum para realizar a cirurgia, mas o médico afirmou que estava difícil de conseguir uma vaga na unidade de tratamento intensivo. Ela também teria escutado de funcionários do hospital que nunca viram demorar tanto tempo para ser realizado um procedimento como o que Daniel aguarda porque ele é feito diariamente na unidade.
A Prefeitura de Joinville, por meio da Secretaria de Comunicação, afirmou que o caso de Daniel é a prioridade. Segundo o órgão, assim que surgir uma vaga em um dos 16 leitos da UTI o contador será o primeiro a ser colocado na lista para a cirurgia.
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