Horst Rudnick tem 69 anos e está há pouco mais de 15 dias internado no Hospital Dona Helena, de Joinville, longe de casa e do amigo de quatro patas, de quem sente muita falta. Pensando na melhora da saúde mental e física do paciente, a equipe médica da unidade resolveu fazer uma surpresa especial a Horst: a visita do cãozinho Duque.
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O shih tzu malhado se uniu à família para dar conforto a Horst, que enfrenta um problema de saúde. Nesta semana, Duque visitou o tutor no hospital, para amenizar as saudades. A iniciativa foi dos médicos hospitalistas Marcus Vinicius de Abreu Teodoro Junior e Camila Paggi Matuella, que sugeriram o reencontro à psicóloga Maria José Varela Ferrari, coordenadora do Pró-Humano, o programa de humanização do Dona Helena.
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Segundo a equipe, a alegria do reencontro era visível, tanto no olhar do paciente quanto no rabinho abanando do pequeno Duque. Emoção compartilhada pela equipe que assistiu à visita.
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Camila teve a ideia por entender que as necessidades de um paciente internado por longo tempo vão além de uma proposta terapêutica.
— Nessas situações, nos deparamos com um momento de fragilidade da pessoa, seja por experimentar a dor, a realidade de um diagnóstico difícil ou o próprio confinamento, ser afastado do seu ambiente de conforto e daqueles que ama — descreve a médica. É comum o surgimento de novos sintomas, como insônia, agravamento da dor e falta de apetite.
A médica também cita que os pets têm a capacidade de saber exatamente o que os donos precisam.
— Se estamos tristes, eles nos alegram; se estamos solitários, são companhia; se estamos felizes, nos deixam radiantes. Mas, se nos ausentamos, ficam deprimidos, alguns até param de se alimentar — comenta Camila. A médica também explica que possibilitar uma interação, nesse contexto de internação hospitalar, traz alívio ao paciente e ao animalzinho.
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A psicóloga Maria José vai na mesma linha, reiterando que a visita do pet tem o poder de não apenas trazer um bem-estar imediato, mas reduzir o estresse e os sentimentos de ansiedade.
— Os hormônios do bem-estar e da felicidade auxiliam no controle da dor e de sentimentos de tristeza. O paciente torna-se mais receptivo ao cuidado da equipe, contribuindo diretamente com o tratamento — explica Maria José, beneficiando tanto a saúde mental quanto a física.
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