Em ano de crise e controle de contas, a estimativa de 45% dos empresários catarinenses, segundo levantamento da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), é que as vendas nesta Páscoa fiquem empatadas com as do ano passado. Para tentar aquecer as vendas, as indústrias de chocolates apostam em relançamentos de produtos e brinquedos tentadores para a criançada. Apesar dos industrializados ainda serem o carro-chefe da data, quem mostra mais otimismo com a festividade este ano é o setor de ovos artesanais.
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A pouco mais de uma semana para a Páscoa, Pricila Limas, 31, recebeu mais de 200 encomendas de ovos de colher, feitos de forma artesanal. A moradora de São José começou a fazer doces para vender em 2015, após o nascimento do terceiro filho, para ampliar o orçamento familiar:
— Comecei fazendo bolos de pote em uma época de dificuldades financeiras. Em seguida surgiram as encomendas de bolos de aniversário, foi quando conseguimos colocar as contas em dia. Aprendi tudo que sei em grupos no Facebook e trocando ideias com pessoas com mais experiência pelo WhatsApp.
Outros fabricantes de ovos artesanais confirmam o aquecimento do mercado, produtores de regiões como Criciúma e Blumenau ouvidos pela reportagem projetam crescimento médio de 30%. Já Priscila Gemente, proprietária de uma loja em Florianópolis, conta que se prepara para triplicar a produção de Páscoa este ano. Os ovos artesanais para comer de colher são o carro-chefe da casa, mas os clientes também têm encomendado bolos para celebrar a data, o que parece ser uma nova tendência.
Já no mercado varejista, a maior parte das empresas e redes supermercadistas do Estado mostra-se menos otimista. Entre os empresários consultados na pesquisa da Acats, 45% realizaram o mesmo volume de encomendas do ano anterior, 27% apostaram em um estoque maior, 18% afirmaram ter diminuído a compra de produtos e 10% não se manifestaram.
No cenário nacional, o levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que apenas 12,1% dos empresários estão otimistas em relação à data e projetam números superiores aos registrados em 2016. Por outro lado, 39,4% dos empresários acreditam que os resultados de 2017 serão inferiores aos apresentados no ano anterior.
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