O Outubro Rosa é celebrado anualmente e têm o objetivo de compartilhar informações e promover o debate sobre o câncer de mama. Em Florianópolis, o Hospital Baía Sul, Imperial Hospital de Caridade, Clínica Imagem e Clínica e Maternidade Santa Helena se reuniram e promoveram diversas ações em prol da conscientização e prevenção da doença. Uma das iniciativas foi a iluminação rosa nas instituições, alusiva à data. Em parceria, há também a ação do Floripa Rosa, coordenado pela prefeitura de Florianópolis, com iluminação no Largo da Alfândega e na Figueira da Praça XV.
Continua depois da publicidade
> Aumenta a incidência de câncer de mama entre mulheres jovens
Além da iluminação, foi promovido o 9º Mutirão de Reconstrução Mamária, realizado pelo Instituto Cirurgiões do Bem e Imperial Hospital de Caridade, entre os dias 29 e 30 de setembro, que atendeu gratuitamente 13 mulheres para o procedimento de reconstrução mamária.
Neste ano, o projeto alcançou a centésima cirurgia, destinada às mulheres que tiveram câncer de mama, esperavam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) e não tinham plano de saúde ou condições financeiras de pagar pelo procedimento. Após a realização da cirurgia de reconstrução mamária, as pacientes são acompanhadas e recebem todo o atendimento pós-operatório ao longo dos meses seguintes.
A iniciativa envolve cerca de 60 profissionais voluntários, como cirurgiões plásticos, incluindo cirurgiões, anestesiologistas, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde. Os gastos hospitalares e de materiais para a realização dos procedimentos serão custeados com doações de empresas, pessoas físicas, além de doações de materiais médicos por fornecedores parceiros.
Continua depois da publicidade
Ações na Imagem Mulher
A Clínica Imagem também participou ativamente da programação do Outubro Rosa, com ações durante todo o mês, como decoração do local, iniciativas de conscientização com os colaboradores, uso de uniforme rosa, alimentação especial temática, palestras presenciais e online, lives sobre o tema e mutirão de exames, realizado em parceria com outras empresas para a realização de exames de imagem nas colaboradoras.
Para a médica radiologista da Clínica Imagem, Dra Aline Bianchini, as ações do Outubro Rosa são de extrema relevância para a conscientização e informação às mulheres sobre a importância do rastreamento e detecção precoce do câncer de mama. — Inclusive, dados demonstram um aumento dos exames de mamografia no mês de outubro, o que evidencia o impacto dessas ações — afirma.
A doença
O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, ocupando também a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil.
Para a também médica radiologista da Clínica Imagem, Dra Emanuela Kestering, a importância do rastreio do câncer de mama está em realizar o diagnóstico precoce antes dos primeiros sinais ou sintomas da doença. — Quando identificado de forma precoce, conseguimos encontrar nódulos menores, o que possibilita um tratamento menos invasivo e um prognóstico mais favorável às pacientes — alerta.
Continua depois da publicidade
As sociedades médicas como o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam o rastreamento mamográfico anual para mulheres dos 40 aos 75 anos. Após esta idade, o rastreio deve ser individualizado, levando-se em conta a saúde e a expectativa de vida de cada paciente.
A Dra. Aline Bianchini complementa que a prevenção e o diagnóstico precoce são as chaves para reduzir o impacto do câncer de mama na população feminina. — Os pilares fundamentais da prevenção, por exemplo, estão em manter o peso ideal, praticar atividades físicas regularmente, ter uma alimentação saudável e reduzir o consumo de álcool — informa.
Em relação ao diagnóstico da doença, existem diversos métodos capazes de detectar a doença, tendo como os principais a mamografia digital ou a tomossíntese (Mamografia 3D), por haver consistente comprovação científica de redução da mortalidade relacionada ao câncer.
Considerando que cerca de 20% dos casos ocorrem em mulheres abaixo dos 50 anos, o rastreamento deve ser, em geral, iniciado aos 40 anos.
Continua depois da publicidade
As mortes relacionadas ao câncer de mama podem ser reduzidas entre 30% e 50% em mulheres que fazem rastreamento com a mamografia.
Quais os fatores de risco para o câncer de mama?
Algumas mulheres têm maior risco de desenvolver o câncer de mama, como aquelas que possuem histórico familiar da doença, que devem receber orientação individual, específica e personalizada sobre o seu risco, obesidade, excesso do uso de álcool, falta de atividade física, entre outros
— Apesar da hereditariedade ser um fator de risco, é importante relatar que cerca de 80% dos casos ocorrem em mulheres que não possuem histórico da doença na família. Por isso, reforço que as mulheres devem ser rastreadas precocemente, a partir dos 40 anos, e em intervalos regulares — afirma a Dra Aline Bianchini.
A ultrassonografia das mamas não substitui a mamografia, mas pode ser utilizada como método complementar à mamografia, especialmente em mamas densas.
Continua depois da publicidade
A mulher deve fazer autoexame?
— O autoexame não é efetivo para o diagnóstico precoce, e, portanto, não deve substituir os exames de rastreamento. Por outro lado, conhecer a sua própria mama por meio do autoexame é recomendado pelos profissionais de saúde, para que a mulher desperte a consciência em relação ao cuidado da sua saúde e do seu corpo, e eventualmente possa detectar alguma alteração que servirá de alerta para buscar auxílio médico, caso a alteração apareça no intervalo dos exames — conclui a radiologista Dra Aline Bianchini.
Acesse o site da Clínica Imagem.
Leia também
Outubro Rosa: AMUCC promove ações de conscientização e prevenção contra o câncer