O secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, concede entrevista nesta segunda-feira, às 14h, para anunciar o conteúdo do projeto que o governo vai enviar à Assembleia propondo aumento das alíquotas da previdência dos servidores ativos e aposentados, gradativamente, para 12,13 e 14%. Gavazzoni explica como está o sistema:
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Qual o fator determinante que levou o governo a propor agora a reforma da previdência estadual?
A plena consciência de que o governo precisa garantir as aposentadorias dos servidores públicos. O sistema de previdência pública está próximo de um colapso há algum tempo. A arrecadação do sistema não tem sido suficiente para bancar os direitos. Como a aposentadoria é sagrada, o governo está locando este ano R$ 3,1 bilhões para cobrir a insuficiência financeira. O projeto prevê aumento das alíquotas dos servidores para que eles ajudem a dar sustentabilidade agora e no futuro a todos os funcionários.
O que aconteceria se o governo não propusesse a reforma?
O governo vem tomando uma série de medidas no sistema previdenciário. Neste momento em que a receita está em baixa, se não tivermos a ajuda dos próprios servidores, o sistema entrará em colapso. Hoje ele pune só a sociedade que paga impostos e fica privada de uma série de obras e serviços. Antes que o sistema entre em colapso absoluto é bom que todos participem com um pouco mais de contribuição.
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O governo não teve reação dos servidores na Assembleia Legislativa?
A previdência pública brasileira é a próxima crise. Ela vai provocar a próxima grande crise nacional. Passou-se toda a história garantindo direitos aos servidores com todos os direitos. Mas não se pensou em poupança, em assegurar a receita. O sistema está desequilibrado há muito tempo.
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