Otite é a origem da dor de ouvido em muitas crianças. É uma infecção com acúmulo de fluido dentro do espaço da orelha média e pode ocorrer em qualquer idade, entretanto parece ser mais comum em crianças entre seis e 24 meses, e quatro e seis anos idade. Trata-se de uma patologia auditiva dificilmente detectada pelos pais, pois sua evolução é lenta.

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Em geral, a falta de informações e orientações adequadas são as principais causas da detecção tardia das alterações nas vias aéreas superiores, e este dado é preocupante, pois estudos indicam que a otite média recorrente durante os três primeiros anos de vida pode ser associada a alterações no desenvolvimento da fala.

Existem situações que acabam por deixar as crianças mais suscetíveis à otites, dentre elas frequentar creches, com maior exposição a infecções respiratórias, posição incorreta para mamar e amamentação no peito por tempo inferior a três meses.

Os sintomas mais comuns são dor de ouvido, diminuição discreta da audição, temperatura maior que 38ºC, mudanças de comportamento como irritabilidade, dificuldade de dormir e se alimentar e, no caso dos bebê, sugar no peito ou mamadeira pode levar ao choro. A otite é também, quase sempre, antecedida de um quadro gripal.

Diante das suspeita deve-se procurar um medico o mais rápido possível. Também é importante avaliação com um fonoaudiólogo, para verificar alterações auditivas decorrentes e receber informações de como se comunicar com a criança para minimizar as interferências das otites no desenvolvimento da fala e da linguagem

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Pesquisas demonstram que criança com histórico de otite média precoce, podem vir a desenvolver atrasos de linguagem. Na maioria das vezes as dificuldades auditivas são detectadas tardiamente através dos atrasos de aprendizagem e fala no meio escolar, quando os problemas já estão instalados. Em contrapartida, o diagnóstico e tratamento precoce das otites diminuem as sequelas.