Prestativo, ótimo profissional e conselheiro. Esses são alguns dos adjetivos com os quais o vigilante Guilherme Kichel descreve Manoel Anunciação Pereira, vítima do acidente fatal registrado na última segunda-feira (19) na SC-418, em Joinville, a conhecida Serra Dona Francisca.
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Manoel, 40 anos, não resistiu após bater o carro contra um caminhão, no quilômetro 24 da rodovia. Imagens registradas por outros condutores mostram o momento em que os dois veículos pegaram fogo. Preso às ferragens, Manoel não conseguiu sair em tempo e morreu carbonizado. O motorista do caminhão não sofreu ferimentos.
Manoel era supervisor do Guilherme há cerca de dois anos em uma empresa de segurança de Santa Catarina. Ele costumava viajar com frequência por diversos municípios pelos quais era responsável, inclusive Itapoá, onde Guilherme trabalha. Na última segunda-feira, ele seguia pela Serra em direção a Joinville, quando perdeu o controle do carro e se envolveu no acidente.
Última conversa
Segundo Guilherme, Manoel era um excelente profissional. Uma das últimas conversas que eles tiveram foi marcada pelo reconhecimento. Guilherme estava em férias, quando o supervisor entrou em contato com ele para pedir uma foto. Guilherme foi recebido, ao retornar ao trabalho no último dia 11, com a indicação de funcionário destaque do mês de fevereiro, promovida por Manoel.
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– O que vou levar dele é isso. Era uma ótima pessoa, sempre respondia prontamente. Era pontual, sempre cumpria o que falava. Sempre aconselhava explicando as situações, sem brigar – recorda Guilherme.
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Funcionários abalados
Guilherme trabalha no período noturno na empresa de segurança. O vigilante conta que soube da morte na manhã desta terça-feira (20), quando retornou para casa após o trabalho.
– Minha esposa falou sobre o acidente e, quando vi, era ele. Foi um baque, na hora não acreditei. Perguntei para outros colegas e confirmaram – conta.
Momentos antes de encerrar o expediente, hoje pela manhã, e sem saber da morte do supervisor, Guilherme havia comentado com um colega que esperava uma possível visita de Manoel nesta semana.
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– Sempre nos dias 15 ele ia até Itapoá, onde eu trabalho. Achei estranho que ele ainda não tinha vindo e falei para o meu colega hoje, ainda: “provavelmente hoje o Manoel aparece por aqui” – lamenta Guilherme.
Procurada pela reportagem, o Grupo Protege, empresa da qual Manoel fazia parte, informou que se solidariza aos amigos familiares neste momento de profunda dor e está prestando assistência à família de Manoel. A reportagem não obteve detalhes sobre enterro e velório até as 10h30 desta terça-feira.