Esta semana, em sua quarta visita à Cuiabá, Jérôme Valcke se mostrou mais adaptado ao clima local e manteve o blazer, como a pose de cartola mundial. Mas não escondeu sua irritação ao ouvir 600 crianças aplaudirem quando Ronaldo Fenômeno entrou em uma pequena quadra coberta de uma escola municipal. O dirigente que disse “esperar a pior Copa do Mundo da história no Brasil”, tentou ser educado, mas sua expressão revelou o lado frio do europeu, culturalmente longe da alegria e da espontaneidade das crianças brasileiras, extasiadas por ver frente a frente, pela primeira vez, o ídolo de uma geração campeã. Valcke, para elas, passou despercebido.

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Já na conversa com os adultos jornalistas, na Arena Pantanal, tratou de polir o discurso e de forma diplomática passou a mão na cabeça da Secopa e do Governo do Estado, para mais uma vez esticar o prazo de entrega do estádio. A obra, que custou quase R$ 600 milhões e deveria ter sido entregue em dezembro de 2013, agora ficou para o dia 5 de maio. Segundo Valcke, nesta data as cadeiras que faltam – 10 mil delas – já estarão devidamente assentadas. Mas o torcedor que pretende ir a jogos no estádio continuará tendo que deixar o carro a 2 quilômetros de distância, pagar R$ 20 pela vaga e pegar um ônibus. Em que pesem todos os atrasos, o dirigente da Fifa precisa entender que o público vai em peso às partidas. Afinal, ele está no país do futebol.

Arena Pantanal

Custo: R$ 570 milhões

Previsão de entrega: 5 de maio

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Data do jogo teste: O primeiro evento-teste com capacidade total será em 18 de maio, no jogo entre Santos e Atlético-MG, pelo Brasileirão.

Faltam 10 mil cadeiras das 41,4 mil