Num clima de festa que contrasta com a crise econômica dos países europeus, o primeiro dia dedicado à imprensa no Salão Mundial do Automóvel foi movimentado pelas apresentações de carros em todos os segmentos, do compacto Volkswagen Golf aos luxuosos Bentley ou superesportivos como Ferrari e Lamborghini. Os mais de 270 expositores de 21 países ocupam 96 mil metros quadrados do Centro de Exposições de Paris, em Port de Versailles. Na sexta-feira, o evento continuará exclusivo para mais de 12 mil jornalistas credenciados de 21 países. No sábado, abrirá para o público, que os organizadores estimam em mais de 1,2 milhão, até o dia 14 de outubro. Muitas das novidades estarão no Salão de São Paulo, no final próximo mês, como o Audi A3 Sportback. No estende da Ford, uma das atrações é o brasileiro EcoSport, que será fabricado também na Tailândia, China e Índia. A venda na Europa começará em 18 meses, mas a montadora norte-americana ainda não decidiu de qual país será importado.

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A Volkswagen, a maior fabricante europeia de veículos, tem novidades em suas 12 marcas. As francesas Renault, Peugeot e Citroën se esforçam para mostrar o que têm de melhor, e a italiana Fiat aposta no 500L para atrair o público. Fora a Alemanha, o único mercado em crescimento no Velho Continente, os demais despencam como o francês com queda próxima a 25% e o italiano com quase 20%. A preocupação dos executivos dos grandes grupos internacionais é, pelo que tudo indica, a crise ainda não chegou ao fundo do poço. São tempos difíceis com perguntas que inquietam. Por quanto tempo ainda perdurará a atual situação? O que fazer e quais serão or resultados nos próximos meses? Todas difíceis de serem respondidas. Mesmo assim, existem planos audaciosos, como o da Ford, de passar da atual produção de 5,5 milhões de carros para 8 milhões em 2015. Ou o da Volkswagen, de chegar à liderança mundial até 2018. Objetivos que também só o tempo dirá se serão alcançados.