O pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário morreu em um acidente de trânsito na noite da última quinta-feira (29) em Porto Alegre. Ele ficou conhecido após ser acusado pela morte de Gabrielli Cristina Eichholz em 2007, em Joinville. Ela foi encontrada morta em uma pia batismal e o pedreiro foi solto em 2010 após a anulação do processo.

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Oscar estava trabalhando de ajudante de caminhoneiro com um amigo do irmão, em Porto Alegre. Ele foi atropelado na noite de quinta-feira e morreu na hora. O corpo está sendo levado para Canoinhas e deve ser velado a partir da meia-noite.

No mês passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia mantido uma indenização de R$ 80 mil para o pedreiro, a ser paga pelo Estado. A Justiça considerou que houve falhas na investigação e decidiu anular todo o processo que apurou, julgou e condenou Oscar. Depois disso, a defesa do pedreiro entrou com um pedido de indenização por danos morais.

O caso Gabrielli aconteceu em 2007 e chegou a ter repercussão nacional. Na época, Oscar foi acusado e depois condenado pela morte da menina, que tinha 1 ano e meio de idade. Ele foi apontado como suspeito porque teria sido visto próximo à igreja no momento da morte da menina e, inclusive, confessou o crime em depoimento.

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Em júri popular, ele foi condenado a 20 anos de prisão e chegou a ficar três anos e 14 dias preso até o processo ser anulado. Além das falhas na investigação, o TJSC considerou que a confissão de Oscar havia sido obtida por meio de coação física e psicológica. Em julgamento, o acusado voltou atrás na confissão e a defesa alegou que ele havia sido coagido a confessar o crime.

A morte da menina Gabrielli nunca foi totalmente esclarecida. Nenhum outro suspeito foi apontado pela polícia e ainda não se sabe a causa da morte, se teria ocorrido de forma criminosa ou acidental.

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