O presidente da companhia que está retomando os voos nas cidades de Lages, Concórdia e São Miguel do Oeste, Jorge Barouki, adiantou para o DC os planos da Brava Linhas Aéreas para Santa Catarina.

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Diário Catarinense – A Brava volta a Lages cinco anos após a companhia, então com o nome de NHT, sair da cidade por falta de demanda nos voos para Florianópolis e Criciúma. O que a fez voltar?

Jorge Barouki – São épocas bem diferentes. O governador Raimundo Colombo expôs o desenvolvimento da cidade e me convenceu a operar voos de Lages a Florianópolis e São Paulo. Acreditei nos argumentos dele, e como senti muita diferença na cidade, resolvi investir.

DC – Por que apostar nessa nova linha?

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Barouki – O ex-governador Luiz Henrique (da Silveira) baixou o ICMS do querosene para 3%, enquanto no Rio Grande do Sul é 17%. Isso incentiva muito os pousos e decolagens em SC. O Oeste e o Centro-Oeste estão muito afastados da capital, e Joaçaba e Caçador, onde operamos atualmente, estão muito ligados economicamente a Curitiba.

DC – Há a tendência de interiorização da Brava em SC? Os aeroportos regionais de Correia Pinto, na Serra, e Jaguaruna, no Sul, podem ser utilizados pela companhia?

Barouki – Quando começarem as operações em Correia Pinto, vamos nos transferir para lá, e o aeroporto de Lages não funcionará mais. Não justifica ter dois na mesma região. Jaguaruna não está nos nossos planos, Blumenau não é operacional e Joinville já está muito bem atendida, pois precisa basicamente de voos para São Paulo.

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DC – E Chapecó e Navegantes, que já contaram com os serviços da companhia?

Barouki – Em Chapecó tínhamos um voo que ligava a Curitiba, mas o suspendemos porque a grande demanda é para Itajaí por causa do porto e da Receita Federal. Já estamos com um voo programado para ligar Chapecó a Navegantes aos sábados e domingos. Falta só ajustar os horários, e devemos iniciar as operações nas próximas semanas.

DC – A aviação regional, com voos de curta distância e preços geralmente altos, é viável no Brasil?

Barouki – Existem cidades riquíssimas sem o hábito de voar, enquanto cidades menores têm. Navegantes tem 20 voos por dia, quase o mesmo tanto de Curitiba. Os passageiros de São Miguel do Oeste e Concórdia pegam voos em Chapecó. O aeroporto de Florianópolis é cheio de lageanos. Os voos regionais estão mais em evidência que antigamente. Nossa nova investida em Santa Catarina foi muito bem estudada, eu acreditei e não faria se não soubesse que dará certo.

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